Após anúncio de se tornar empresa independente, farmacêutica quer ampliar presença no setor de medicamentos sem patente; campanhas em farmácias estão previstas em ações estratégicas da Sandoz
Os planos de crescimento como uma empresa independente da Sandoz, após a proposta de 100% de separação da Novartis, são robustos. No mês passado, a farmacêutica anunciou que organiza o primeiro de dois Capital Markets Days (CMDs) para investidores, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos.
Em entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, o diretor médico da Sandoz do Brasil, Dr. Cleber Sato, disse que a empresa quer se tornar a líder e a mais valiosa em genéricos e biossimilares.
“Para atender a essa ambição, devemos levar a Sandoz para um caminho de crescimento mais forte e sucesso comercial sustentável. Nosso propósito é o de sermos pioneiros em acesso para pacientes, nos mercados em que atuamos. Paralelamente, estamos focados em contribuir para a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Nossa visão é ampliar nossa liderança no setor de medicamentos sem patente, que fornece cerca de 80% dos medicamentos prescritos em todo o mundo a cerca de 25% do custo total”, afirma Dr. Cleber Sato.
Por enquanto, a Sandoz não prevê nenhuma aposta em classes de medicamentos, mantendo o foco em medicamentos genéricos e em biossimilares.
Segundo o diretor médico, após a transição do spin-off 100% (quando uma empresa é criada a partir de uma outra já existente), prevista para ocorrer no segundo semestre deste ano, a farmacêutica deve ativar algumas ações estratégicas. “Assim que essa etapa for concluída e estivermos operacionalizando com a ciência de que essa transição foi bem sucedida, pretendemos realizar algumas campanhas e as farmácias estão incluídas neste planejamento”, anuncia o executivo.
Nesse processo de separação da Novartis, um dos cuidados que a farmacêutica tem tomado é minimizar impactos em pacientes e distribuidores. Também não é possível estimar se algum medicamento será descontinuado ou repassado a outra farmacêutica.
Dr. Cleber Santo pontua que os processos de descontinuação de medicamento, de parcerias e de transferências são complexos e envolvem muitos âmbitos. “Estamos em constante análise do nosso portfólio, sempre visando oferecer mais opções aos pacientes, mas também analisando a viabilidade comercial alinhada com as nossas estratégias de negócio”, finaliza.
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Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Sandoz
