4º Congresso de Clínicas da Abrafarma abordou como as farmácias podem se adaptar às novas regras dos testes rápidos

Evento fala sobre desafios e novas oportunidades para as farmácias com nova RDC que permite testes rápidos

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), realizou esta semana, o quarto Congresso de Clínicas, que aconteceu de forma 100% online e abordou como as farmácias podem se adaptar às novas regras dos testes rápidos, que estão revolucionando a saúde primária.

O primeiro dia contou com a presença de um dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alex Machado, que apresentou uma visão da agência em relação aos testes.

Em seguida, houve um painel que discutiu os impactos diretos dessas mudanças para a saúde populacional, com a presença da professora e diretora de pesquisa da London School of Hygiene and Tropical Medicene, Rosanna Peeling, e do presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Gouvêa.

Já o segundo dia foi dedicado a novas tecnologias e casos práticos de aplicação dos testes, com o coordenador de assistência farmacêutica da Abrafarma, Cassyano Correr; a sócia do laboratório I9med e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Paula Távora; além da executiva da Controllab, Thamiris Aguiar.

O evento também contou com a apresentação de modelos de sucesso na realização dos serviços clínicos em grandes redes do setor farmacêutico, como Pavel, Drogal, Raia Drogasil, Drogaria Araujo e Pague Menos.

“Um passo fundamental para se adequar às regras de realização dos testes, é olhar as exigências de cada região”, destacou a sócia do laboratório I9med.

Em maio, a Diretoria Colegiada (Dicol) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova norma que trata dos requisitos técnico-sanitários para o funcionamento de laboratórios clínicos, de laboratórios de anatomia patológica e de farmácias e consultórios isolados que executam atividades relacionadas a exames de análises clínicas (EACs) no Brasil. 

Entre as principais inovações apresentadas na nova norma para os serviços que realizam EACs está a possibilidade de realizar testes rápidos nas farmácias, no âmbito da atenção à saúde e dos serviços farmacêuticos, em caráter de triagem e nos consultórios isolados, que foram classificados como Serviço Tipo I.  

Os serviços tipo I são habilitados a realizar exames de análises clínicas, em caráter de triagem, a partir de material biológico primário (sangue total capilar e swab nasofaríngeo), desde que todas as etapas do exame sejam realizadas após a coleta no próprio estabelecimento.

“Temos certeza que esse é um movimento transformador e que estamos passando por um momento histórico. Nós passamos pela grande tempestade da Covid-19 e agora chegou a hora da farmácia que sempre sonhamos, do hub de saúde. O nosso desafio agora é construir processos bem feitos e uma oferta adequada, treinando o farmacêutico para atender bem”, explicou o CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, destacando que o mesmo teste que vai para farmácia é o que foi registrado na Anvisa e está registrado nos laboratórios.

Na prática, a RDC libera nas farmácias todos os exames que podem ser realizados utilizando tecnologia “point-of-care”, sejam aqueles testes que utilizam cassetes (semelhantes ao teste de Covid-19), como também exames que utilizam algumas gotas de sangue, analisados em equipamentos portáteis de leitura (como beta-HCG, hemoglobina glicada ou colesterol).

Entenda a nova RDC da Anvisa que autoriza testes rápidos em farmácias e consultórios

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: Shutterstock

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