7 hábitos que estão ligados com a preservação do colágeno da pele

Estilo de vida mais saudável é fundamental para preservar o colágeno, proteína relacionada com a jovialidade da pele

Quando pensamos na pele, a conexão entre a palavra ‘colágeno’ e ‘jovialidade’ é realmente muito forte. Isso acontece porque o colágeno é uma proteína relacionada com a firmeza e elasticidade da nossa pele, de acordo com o dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Abdo Salomão Jr.

“É exatamente por esse motivo que o colágeno atua prevenindo o aparecimento de estrias, rugas e linhas de expressão, além de também ser essencial para promover a saúde do cabelo e das unhas”, explica o dermatologista.

Apesar dessa proteína ser naturalmente encontrada na pele, ela precisa de um bom aporte proteico para ser formada – e bons hábitos para ser preservada.

“Um dos grandes vilões do envelhecimento se chama estresse oxidativo, que é o aumento de produção de radicais livres (oxidantes) e/ou diminuição das defesas antirradicais livres (antioxidantes). Maus hábitos de vida estão, portanto, fortemente ligados ao excesso de radicais livres, o que interfere no funcionamento de moléculas como o colágeno e elastina. Sabemos que um estilo de vida saudável interfere nesse equilíbrio de diversas formas”, explica a cirurgiã plástica e membro do American College of LifeStyle Medicine, Dra. Beatriz Lassance.

Descubra como os seus hábitos podem ser os melhores amigos da sua pele:

1. Alimente sua pele

Nutrir a pele, através de uma excelente alimentação, é um dos pontos chaves. “Dependendo do contexto alimentar do paciente, de como é a sua dieta, há uma influência positiva ou negativa dos alimentos na pele. Essa influência é ligada principalmente a três processos que estão altamente relacionados: oxidação (maior produção de radicais livres), inflamação e glicação (endurecimento das fibras de colágeno por excesso de açúcares na dieta). Esses processos estão ligados ao aparecimento acentuado de rugas, flacidez e manchas”, explica o dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Daniel Cassiano. E todos eles degradam colágeno.

“Mas também são os alimentos que podem ajudar a tratar essas alterações. Uma pele bonita e saudável depende de uma rotina de cuidados, o famoso skincare, porém os hábitos de vida também contam muito – e a dieta principalmente. O que temos de mais efetivo para isso é uma alimentação equilibrada, com bom perfil antioxidante”, completa o médico.

De acordo com a médica nutróloga e professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, Dra. Marcella Garcez, a pele precisa de um bom aporte de proteínas para manter, então, o tônus e renovar suas estruturas: “As fontes alimentares de proteínas como carnes, ovos, laticínios e leguminosas são importantes para fornecer aminoácidos essenciais”, diz.

“Para o combate do estresse oxidativo, existem diversos alimentos que possuem capacidade antioxidante, principalmente aqueles ricos em Vitamina C, Vitamina E, oligoelementos, selênio, zinco, carotenoides e polifenóis como resveratrol. Porém, ainda que nutrientes isolados sirvam como antioxidantes, o ideal é investir em alimentos que sejam ricos em uma grande variedade dessas substâncias. Um alimento sozinho não surtirá efeito”, explica o médico Dr. Daniel.

2. Protetor solar diariamente

Apesar da exposição solar mínima ser importante para a síntese de Vitamina D, o sol é um dos maiores responsáveis pela degradação de colágeno. É por isso, então, que os médicos sempre recomendam: protetor solar diariamente, faça chuva, faça sol.

O dermatologista Dr. Daniel Cassiano enfatiza: “Devemos ter o hábito do uso regular do filtro solar: ele é o creme antienvelhecimento mais importante.” Isso acontece porque a proteção do produto impede danos ao colágeno. Mas reaplicar também é fundamental (de duas em duas horas em exposição direta, a cada quatro horas em ambientes fechados).

3. Suplemente quando necessário

De acordo com o dermatologista Dr. Abdo, também é uma estratégia adicional o uso de suplementos, desde que orientados pelos médicos.

Existem, portanto, diversos artigos científicos recentes que comprovam os benefícios dessa reposição de colágeno, em especial, quando os pacientes forem realizar procedimentos que estimulam a produção de colágeno.

Para a a nutricionista e consultora de nutrição integrada da Biotec Dermocosméticos, Luisa Wolpe Simas, a suplementação com Exsynutriment, silício orgânico biodisponível, também é, portanto, interessante nesses casos: “O silício estabilizado em colágeno marinho estimula a produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico que confere melhora do tônus da pele e diminuição da flacidez”, afirma, portanto, a nutricionista.

4. Tonifique seu corpo

O exercício físico bem orientado, sem excessos, é um fator importante para retardar o processo de envelhecimento e estimular colágeno. Isso tem a ver, também, com uma melhor capacidade de lidar com os radicais livres.

“Os exercícios físicos, quando praticados de forma regular, na dose certa e bem orientados, trazem uma série de benefícios para a saúde, inclusive para a pele! A musculação, por exemplo, aumenta a produção de substâncias químicas, como o hormônio do crescimento e L-Glutamina que tem grande ação antienvelhecimento. Com o movimento durante os exercícios, ocorre uma constante renovação, fortalecimento e regeneração de estruturas que dão tonicidade para a pele, reduzindo o risco de flacidez ou o aparecimento de rugas. Colágeno e elastina são constantemente produzidos, assim a pele fica mais firme e elástica”, explica o dermatologista Dr. Abdo.

5. Longe dos vícios

Cigarro e bebidas? Eles não combinam com pele saudável. Enquanto na fumaça do cigarro existem radicais livres e outras moléculas que têm o poder inflamatório, aumentando o estresse oxidativo, de acordo, então, com a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, o álcool é capaz de desidratar e criar um processo inflamatório no tecido cutâneo.

“Além disso, estudos mostram diminuição da quantidade de oxigênio na pele após um só cigarro, o que prejudica a nutrição das células. Essa falta de oxigenação das células, mesmo que momentânea, já prejudica o aporte de nutrientes”, alerta, então, a médica.

“A inflamação crônica promovida pelo álcool piora a qualidade da pele, prejudicando, dessa maneira,  sua firmeza e elasticidade e acelerando o envelhecimento cutâneo, além de favorecer o surgimento de doenças como acne, psoríase, rosácea e dermatite seborreica”, afirma, então, o dermatologista Dr. Daniel Cassiano.

6. Priorize sua saúde mental

Encontrar um meio de modular o estresse é um desafio, mas não pode estar de fora das metas. O estresse e a ansiedade prejudicam as células da pele e seu processo de renovação.

“Os hormônios liberados encurtam os telômeros – capas protetoras dos cromossomos que têm como função preservar o DNA. A consequência disso é a aceleração do envelhecimento, causando rugas e manchas na pele. Um dos efeitos do estresse psicológico é alteração da flora intestinal, o que acaba, então, aumentando a absorção de substâncias prejudiciais à saúde e aumentando a quantidade de radicais livres”, explica a Dra. Beatriz.

7. Descanse

Ter entre 7 e 8 horas de sono reparador por dia ajuda nosso corpo em diferentes níveis – e com relação à pele isso não é diferente. “O sono é excelente antioxidante: é como se o cérebro fizesse um detox durante à noite. Além do reparo, ele também ajuda a diminuir a produção de hormônios como o cortisol e diminuir a inflamação”, explica a Dra. Beatriz.

Fontes: Dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Abdo Salomão Jr. / Cirurgiã plástica e membro do American College of LifeStyle Medicine, Dra. Beatriz Lassance / Dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Daniel Cassiano /  Médica nutróloga e professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABN), Dra. Marcella Garcez / nutricionista e consultora de nutrição integrada da Biotec Dermocosméticos, Luisa Wolpe Simas / Cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance.

Foto: Shutterstock

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