Avanços em pesquisas e cuidados na automedicação estão entre os maiores desafios da medicina

Consumo de medicamentos por conta própria pode acarretar intoxicação medicamentosa

O médico foi uma carreira que ganhou destaque ainda maior durante a pandemia da Covid-19. Foi justamente este período que se começou a valorizar cada vez mais as pesquisas científicas na área médica e que marcou um aumento no consumo de medicação por conta própria.

Para abordar melhor sobre este tema, a farmacêutica Prati-Donaduzzi, convidou o médico geriatra Antonio Carlos Silva Santos Junior para falar a respeito deste assunto. De acordo com ele, os desafios enfrentados pela classe médica desde o início da pandemia têm sido muito grandes.

“Naquele período, ainda sem as vacinas, entendo que a população depositou toda confiança no trabalho do médico, pois viu a coragem dos profissionais da saúde que estiveram na linha de frente, atendendo e cuidando das pessoas, sacrificando muitas vezes a própria segurança e a de seus familiares”, afirmou Antonio Carlos.

Desafios da medicina

Mas o período pandêmico também trouxe avanços para a área de pesquisas médicas, que são fundamentais na transformação de todo setor.

“Sabemos que estas pesquisas custam caro e esses recursos advém da indústria farmacêutica. Diante da necessidade de fármacos mais seguros e com o aumento da incidência de doenças crônicas degenerativas, há um trabalho junto à classe médica para proporcionar o encontro de novas moléculas que respondam a essa grande demanda de médicos e pacientes”, explicou, então, o médico geriatra.

Cuidados com a automedicação

Os últimos dois anos também serviram para aumentar o alerta a um problema muito sério e que, portanto, se agravou com a pandemia: o consumo de medicamentos por conta própria.

“Somente o médico pode determinar qual a dosagem correta e quais as interações medicamentosas que podem ocorrer com o consumo de fármacos. Os riscos vão desde alergias intensas até agitação ou delírios. Em alguns casos mais graves, falência de órgãos ou mesmo a morte do paciente”, alertou Antonio Carlos Santos Junior.

O geriatra é rigoroso ao alertar sobre o perigo da automedicação e ressalta também que para utilizar produtos sem prescrição médica é preciso analisar caso a caso.

“Quando falamos em medicamentos sem prescrição, é necessário ver cada situação de forma isolada. A diferença entre medicamento e veneno está na dose, exatamente pelo fato de que uma dosagem errada pode acarretar uma intoxicação medicamentosa”, afirmou.

Fonte: Sindufarma

Foto: Shutterstock

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