CEOs brasileiros do varejo estão otimistas com recuperação pós-pandemia

Os líderes do setor também apostam em aquisições e parcerias para alavancar o crescimento

No setor do varejo, a vacinação em massa da população contra a Covid-19 tem deixado os CEOs otimistas e aumentado as perspectivas positivas sobre o fim da pandemia , com a expectativa de recuperação econômica.

Além disso, a continuidade dos investimentos em inovação digital e o avanço da agenda ESG (Environmental, Social and Governance) devem liderar a agenda estratégica das organizações do setor.

Essas são algumas das conclusões da pesquisa “KPMG 2021 CEO Outlook: Consumo e Varejo”, conduzida pela KPMG.

Pontos da pesquisa

O conteúdo evidenciou ainda que a inovação digital ganhará força no varejo brasileiro.

Com a ampla maioria (86%) dos CEOs brasileiros vendo a disrupção tecnológica mais como oportunidade do que ameaça.

Todavia, os investimentos em tecnologia foram indicados como prioritários entre os líderes varejistas no país.

Dessa maneira, então, para a maioria (58%) deles, as parcerias com provedores de dados terceirizados ganharão mais atenção.

Já para 42%, haverá uma dedicação maior em digitalização e conectividade de todas as áreas funcionais.

“A maioria dos líderes empresariais aprendeu lições importantes com a pandemia. Entre os CEOs brasileiros do setor, há mais interesse em promover iniciativas direcionadas para o equilíbrio entre vida profissional e pessoal dos funcionários, na comparação com executivos de outros países. Outro ponto relevante está na importância de otimizar operações e evitar falhas na cadeia de fornecedores como forma de antever futuras crises. Essa preocupação é duas vezes maior em Consumo e Varejo do que nos demais setores”, afirma o sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, Fernando Gambôa.

Fusões e aquisições

Os líderes do setor também apostam em aquisições e parcerias para, então, alavancar o crescimento.

Sendo que o otimismo sobre a economia gerou uma visão diversificada sobre planos de crescimento.

Entre os brasileiros, 14% dos CEOs estão interessados em fusões e aquisições nos próximos três anos.

As joint ventures também são importantes para o setor no Brasil, com 29% dos respondentes interessados nessa estratégia.

Já o crescimento orgânico foi a escolha de 14% dos CEOs varejistas brasileiros.

A pesquisa destacou ainda que a proposta de construção de valor da marca deve estar alinhada com o propósito da organização e a sociedade.

Além de ser, também, uma questão crucial para a sustentabilidade dos negócios.

CEOs otimistas

Para a ampla maioria (86%) dos CEOs brasileiros do varejo, o cenário atual promoveu, dessa maneira, a alteração do foco para o componente social da ESG.

Ainda assim, dois desafios foram destacados por um terço (29%) dos respondentes brasileiros:

A ausência de uma estrutura global aceita para medir e divulgar desempenho em ESG, e o ceticismo sobre o greenwashing das divulgações de performance do tema.

Conduzida no setor varejista nos meses de junho e julho deste ano, a pesquisa, então, registrou a participação de 7 CEOs brasileiros, 31 sul-americanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela).

E 149 do grupo denominado “Core Countries” (Alemanha, Austrália, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido).

Fonte: KPMG

Foto: Shutterstock

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