Como a mudança no estilo de vida e alimentação balanceada podem ajudar no gerenciamento do diabetes tipo 2

Nutricionista dá dicas para pessoas com diabetes, uma doença crônica que cresce rapidamente no Brasil e no mundo

O diabetes é um desafio global de saúde. Há cerca de 537 milhões de pessoas vivendo com diabetes no mundo e o Brasil é o sexto país com maior incidência com mais de 15,7 milhões de pessoas diagnosticadas. A previsão, portanto, é que, em 2045, sejam mais de 23 milhões1.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diabetes do tipo 1 concentra de 5% a 10% das pessoas que vivem com a doença, sendo a maioria, ou pelo menos 90% dos demais vivendo com o do tipo 22.

Probabilidade

As pessoas mais propensas a desenvolver o diabetes tipo 2, quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia, são as sedentárias, com sobrepeso ou obesidade, acima de 45 anos e com histórico familiar.

No Brasil, o percentual de pessoas com sobrepeso ou obesidade tem aumentado ao longo das últimas décadas, especialmente entre os homens.

De acordo, então, com dados do Vigitel 2021, houve um aumento de 21,5% em 2020 para 22,4% em 20213.

Somado a isso, então, muitas pessoas não sabem que têm diabetes tipo 2 ou vivem com pré-diabetes e precisam prestar atenção aos fatores de risco, fazer exames e conversar com o médico.

Sugestões

Diante deste cenário, então, a nutricionista e gerente científico da divisão nutricional da Abbott no Brasil, Patrícia Ruffo, preparou algumas dicas para ajudar as pessoas com diabetes:

  1. Faça exercícios regulares, de preferência três a cinco dias por semana, durante pelo menos 30 a 45 minutos – eles ajudam a perder peso e controlar as taxas de glicose no organismo;
  2. Incorpore mais movimento ao seu dia a dia, por exemplo, suba escadas em vez de usar o elevador ou a escada rolante;
  3. Opte por uma alimentação balanceada contendo vegetais, frutas, grãos integrais, carnes magras e gorduras de origem vegetal como o azeite de oliva;
  4. Coma porções menores, escolha alimentos com menos açúcar, gordura saturada (em sua maioria são de origem animal)
  5. Beba água ao invés de refrigerantes ou sucos para reduzir a ingestão de calorias;
  6. Aprenda mais sobre carboidratos, onde são encontrados e em que quantidades, pois pode ajudar na gestão do diabetes.
  7. Leve em consideração o índice glicêmico (IG) dos alimentos, pois o valor indica com que rapidez um alimento pode aumentar os níveis de glicose, bem como pode ajudar no controle da doença. Em geral, alimentos com baixo IG aumentam lentamente a glicose, enquanto alimentos com alto IG aumentam rapidamente. Os com baixo índice glicêmico incluem cevada, quinoa, aveia, frutas, e a maioria das oleaginosas, como as nozes, legumes e feijões;
  8. Considere produtos nutricionais especializados, pois são fontes convenientes para ajudar na gestão do diabetes. Fórmulas específicas, como Glucerna, podem ser uma alternativa nutritiva ao café da manhã. O estudo clínico PENG, publicado no British Journal of Nutrition, mostrou o impacto da substituição do café da manhã por um suplemento especializado e a melhora da variabilidade glicêmica em pacientes com diabetes tipo 24.
  9. Por último, não se sinta culpado por não ter tido o devido cuidado com a alimentação. Gerenciar o diabetes pode ser intimidador no início, mas estabelecer uma dieta saudável não precisa ser difícil e faz parte de uma jornada para uma melhor qualidade de vida.

“Embora o diagnóstico do diabetes possa parecer um pouco assustador, quem dedica tempo para aprender e implementar mudanças de hábitos de vida pode fazer grandes progressos no controle da doença e ter uma vida mais plena e saudável”, completa, então, Patrícia.

Referências:

  1. International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas. Disponível em: https://diabetesatlas.org/atlas/tenth-edition/. Acesso em 2022.
  2. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: https://diabetes.org.br/#diabetes. Acesso em 2022.
  3. Vigitel Brasil 2021. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/vigitel-brasil-2021-estimativas-sobre-frequencia-e-distribuicao-sociodemografica-de-fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas/view. Acesso em 2022.
  4. Peng, Jiahui, et al. Breakfast replacement with a liquid formula improves glycaemic variability in patients with type 2 diabetes: a randomised clinical trial. British Journal of Nutrition, 2019. Disponível em:  https://www.cambridge.org/core/journals/british-journal-of-nutrition/article/breakfast-replacement-with-a-liquid-formula-improves-glycaemic-variability-in-patients-with-type-2-diabetes-a-randomised-clinical-trial/3814F388CEBC6D7FD00FDD74707DB321. Acessado em 2022.

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Fonte: Abbott

Foto: Shutterstock

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