Cresce consumo de hipertensivos entre jovens e adultos

Número de pessoas, entre 17 e 25 anos, que passou a consumir hipertensivos aumentou mais de 50% em um ano. Especialista explica o aumento

De acordo com levantamento da epharma, o número de jovens adultos, entre 17 e 35 anos, que consomem medicamentos contra hipertensão aumentou mais de 50% entre 2022 e 2023 na plataforma da empresa. Esta faixa etária apresentou o maior crescimento entre todos os beneficiários que consumiram hipertensivos neste período.

O levantamento abrange ao todo 328.991 pessoas, de todas as faixas etárias, contra 243.341 indivíduos no ano anterior. A tendência continua sendo de alta este ano (veja infográfico).

A hipertensão afeta cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo. Além disso, é responsável por milhões de mortes a cada ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, o aumento da procura por medicamentos contra a doença cresce cada vez mais.

Aumento nas vendas

Somente nos dois primeiros meses de 2024, as vendas de hipertensivos na plataforma da epharma cresceram 27% e ainda geraram R$ 6,26 milhões em economia para os pacientes usuários do Plano de Benefícios de Medicamentos (PBM). Em relação aos princípios ativos, o TOP 5: losartan, hidroclorotiazida, atenolol, enalapril e anlodipino foram os mais vendidos nos dois primeiros meses de 2024.

“O aumento do consumo de medicamentos contra hipertensão entre jovens adultos pode ser atribuído a uma série de fatores multifacetados. Em primeiro lugar, a prevalência da hipertensão arterial sistêmica tem aumentado globalmente, com taxas significativas nas Américas, em torno de 23%. Além disso, o estilo de vida contemporâneo, marcado por fatores de risco como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, obesidade, consumo de alimentos industrializados e diabetes, também desempenha um papel significativo no aumento de consumo entre jovens”, explica Dra. Lilian Cavalheiro, cardiologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.

Envelhecimento populacional

Além disso, o envelhecimento populacional, decorrente dos avanços no tratamento de doenças cardiovasculares, como, por exemplo, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), tem contribuído para o aumento do diagnóstico e tratamento da hipertensão em pacientes mais jovens.

“A adesão ao tratamento desta doença crônica é fundamental para evitar o desencadeamento de outras enfermidades, preservando a saúde e a qualidade de vida”, explica Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da epharma.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Operadoras de Planos de Medicamentos (PBMA),  as principais comorbidades associadas à hipertensão arterial são dislipidemia (com 16,5% de incidência nos usuários), transtornos mentais e de comportamento (12,5%) e diabetes e dislipidemia (9%).

Fonte: epharma

Foto: Shutterstock

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