Vitaminas para elas

Formulados com nutrientes essenciais à saúde da mulher, nutracêuticos e vitaminas trazem benefícios à pele, ao cabelo e às unhas, além de garantirem mais disposição e alta imunidade

A maior característica das mulheres atuais é ser multifuncional. Elas estudam, investem na carreira, cuidam dos filhos e ainda mantêm compromissos sociais e uma vida a dois. Mesmo com tantas atividades e responsabilidades, elas seguem vaidosas e fazem questão de cuidar da aparência.

Com a rotina atribulada, as vitaminas e os nutracêuticos aparecem como grandes aliados das mulheres na manutenção e na melhoria da saúde, do bem-estar e da beleza.

A ingestão adequada de vitaminas, minerais, fibras e outros compostos bioativos garante o bom funcionamento dos principais órgãos e sistemas vitais, o que acaba por promover uma maior disposição, bem-estar geral e qualidade de vida. Tanto as vitaminas como os nutracêuticos podem oferecer esses benefícios, mas com abordagens distintas.

Os nutracêuticos contêm um ou mais ingredientes biologicamente ativos que foram isolados ou purificados de alimentos. De acordo com a Equaliv, o termo vem da junção de “nutriente” + “farmacêuticos”, pois os nutrientes têm a capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde. As formulações contêm componentes, como vitaminas, minerais, enzimas e gorduras “boas”.

Podem ser comercializados como nutrientes isolados, suplementos dietéticos, produtos projetados ou alimentos processados, geralmente em forma de cápsulas e comprimidos. O uso é indicado na prevenção e no tratamento de doenças e na melhora da aparência, devido à alta concentração de nutrientes.

Já as vitaminas ou os polivitamínicos são considerados suplementos alimentares indicados a indivíduos que não conseguem ingerir a quantidade ideal de nutrientes por meio da dieta diária. Essa deficiência pode ocorrer devido a uma alimentação desbalanceada, à prática intensa de esportes, ao consumo de medicamentos que dificultam a absorção de vitaminas ou como sintoma de alguma doença.

Os nutracêuticos e as vitaminas são benéficos tanto para homens como para mulheres, mas como o público feminino tem necessidades específicas, a indústria conta com produtos formulados exclusivamente para atender às necessidades nutricionais das brasileiras.

Para ser mais assertivos, os fabricantes ainda investem em formulações específicas para cada faixa etária e fase da vida, como gestação, lactação e terceira idade.

“Também oferecemos vitaminas que visam tratar ou prevenir ativamente as doenças decorrentes da carência destas substâncias em públicos específicos, como é o caso dos produtos para tratamento da osteoporose, que são feitos à base de cálcio e possuem vitamina D em doses elevadas, destinados às mulheres idosas, com risco maior de desmineralização óssea”, conta o diretor adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Natulab, Olavo Rodrigues.

Com níveis ajustados de nutrientes necessários para a saúde da mulher e dentro dos limites diários recomendados, os nutracêuticos e as vitaminas são capazes de promover inúmeros benefícios à saúde feminina.

“Complementam a alimentação e ajudam no melhor aproveitamento da energia dos alimentos, auxiliam nas defesas do organismo, contribuem para a manutenção da saúde da pele, das unhas e do cabelo, além de conterem vitaminas e minerais antioxidantes que ajudam a proteger as células da ação dos radicais livres”, afirma o diretor médico Latam Pfizer Consumer Healthcare, Luiz Henrique Fernandes.

Sopa de letrinhas

Boa parte das fórmulas de nutracêuticos e vitaminas voltadas às mulheres é composta de substâncias que combatem o envelhecimento precoce, tido como o grande inimigo das mulheres. A oferta nas gôndolas é grande, por isso é importante que o atendente saiba explicar qual a função de cada nutriente descrito nos rótulos.

Produtos que contêm vitaminas C e E, manganês e selênio, por exemplo, ajudam a proteger as células da ação dos radicais livres, agentes tóxicos que aceleram o processo de envelhecimento e promovem uma série de doenças.

A vitamina C, especificamente, ainda desempenha um papel importante para a firmeza da pele e o combate às rugas, ao participar do processo de formação do colágeno.

“As vitaminas A, B3 e biotina contribuem para pele, unha e cabelos saudáveis; a D melhora o sistema imunológico; e outras vitaminas do Complexo B – notadamente as B1, B5, B6 e B12 – ajudam na disposição, aumentam a energia e previnem a ocorrência de doenças oportunistas, o que é fundamental para o dia a dia ativo da mulher moderna”, orienta Rodrigues.

“A deficiência de vitaminas do complexo B pode gerar um comprometimento da mitocôndria (usina de energia das células) e contribuir para o aparecimento de sintomas, como fadiga e letargia”, complementa Fernandes.

Níveis adequados de uma grande variedade de nutrientes também são necessários para a manutenção da resposta do sistema imune. Entre os nutrientes que ajudam o sistema imunológico, estão selênio, cobre, magnésio, ácido fólico, betacaroteno e vitaminas A, B6, B12, C, D e E9.

“A deficiência de algum desses nutrientes pode resultar em alterações na resposta imune, isto é observado mesmo quando a deficiência é relativamente leve”, ressalta.

Além de trazer benefícios à saúde do paciente, os nutracêuticos e as vitaminas ajudam a melhorar a rentabilidade e o tíquete médio das farmácias. Esse é o principal canal de vendas da categoria no Brasil.

“Estimamos que a representatividade do canal farmacêutico para essa categoria seja de aproximadamente 90%. É o principal local de busca e compra por parte do consumidor, seja de maneira espontânea, impactada por uma propaganda ou por meio de uma receita médica”, avalia o gerente de marketing da Biolab Farmacêutica, Marcelo Barbosa.

Para extrair o potencial máximo da categoria, é preciso ter organização e exposição adequada no ponto de venda (PDV), pois o segmento engloba cerca de 260 marcas e quase 500 SKUs (a sigla que representa o termo Stock Keeping Unit, em português Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como um identificador único de um produto e é utilizada para manutenção de estoque).

O sortimento deve ser definido de forma a oferecer produtos que atendam às distintas necessidades dos diferentes consumidores. Também é importante trabalhar faixas variadas de preço, pois o consumidor tem a percepção de que a categoria é cara.

Como trabalhar a categoria no ponto de venda?

Para ter sucesso nas vendas de vitaminas e nutracêuticos, a primeira grande medida é trazer a categoria para fora do balcão. “Produtos confinados são mais difíceis de ser localizados, criam um passo adicional dentro da jornada de compras do consumidor e diminuem drasticamente a compra por impulso. Assim, é fundamental manter os multivitamínicos na área de autosserviço”, alerta o diretor de vendas da Pfizer Consumer Healthcare, Flávio Cunha.

Depois, é necessário garantir um sortimento adequado de produtos, oferecendo marcas que atendam às distintas necessidades dos diferentes consumidores.

Já a organização da gôndola deve ajudar o consumidor na localização do produto adequado. O mais recomendável é basear a exposição na divisão por subcategorias (multivitamínicos, monovitaminas, cálcio, vitamina D, etc.).

“Respeitando o fluxo de pessoas, a prioridade na área quente da gôndola deve ser pelas marcas de maior valor agregado, visando ao aumento do tíquete médio. Outra alavanca poderosa é a capacitação dos balconistas, que devem ter condições de diferenciar cada vitamina, sabendo qual o principal efeito de cada uma”, afirma Cunha.

Todas as orientações podem ser obtidas juntamente com os fabricantes, que, de maneira geral, têm interesse em treinar a equipe de atendimento do varejo.

“É um item importante para o sucesso e expansão da categoria. A equipe de merchandising e de vendas oferece treinamento periódico para as equipes de farmacêuticos e balconistas. Além disso, também capacitamos as diferentes equipes dos distribuidores, que são habilitados para disseminar a informação para os varejistas”, garante Cunha.

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