Exclusivo: Linea Alimentos projeta crescer até 20% com produtos veganos em 2023

Em 2020, com um portfólio de adoçantes derivado da sucralose, stevia e xilitol, a marca assumiu a liderança no segmento de adoçantes e se posicionou no território da alimentação saudável

A Linea Alimentos, a maior empresa de alimentação saudável sem açúcar do País, começou sua história em 2002, quando trouxe pela primeira vez ao país a sucralose. Em 2016, lançou o adoçante Stevia 100% em contraposição aos blends disponíveis no mercado que misturam substâncias naturais com artificiais. Nessa mesma linha, em 2018 apresentou o Xilitol, outro adoçante 100% natural.

Em 2020, com um portfólio de adoçantes derivado da sucralose, stevia e xilitol, a marca assumiu a liderança no segmento de adoçantes e se posicionou no território da alimentação saudável, oferecendo uma linha ampla de alimentos sem açúcar acrescidos de benefícios funcionais como fibras, proteínas, colágeno e reduzidos em ingredientes que trazem algum tipo de prejuízo a saúde, como sódio e gorduras.

Atualmente, a Linea aposta em alimentos veganos e a gerente de marketing da Linea Alimentos, Juliana Napolitano, e a coordenadora de pesquisa & desenvolvimento da Linea Alimentos, Stefania Claudiano, conversaram com exclusividade com o portal Guia da Farmácia e contaram sobre essa aposta da marca.

Guia da Farmácia – Qual o potencial do mercado de produtos veganos no País? Quais são as expectativas de crescimento?

Juliana Napolitano – O mercado vegano vem crescendo no Brasil e no mundo. 65% dos brasileiros já consomem alternativas vegetais aos produtos de origem animal pelo menos uma vez na semana, segundo o The Good Food Institute. Não somos uma empresa vegana, mas entendemos que podemos trazer opções ao nosso público consumidor, trazendo liberdade de escolha e variedade para a alimentação.

Guia – Quais as maiores dificuldades em desenvolver produtos veganos de qualidade?

Juliana – O maior desafio é o desenvolvimento de um produto vegetal semelhante em sabor e textura ao produto tradicional para a entrega de uma experiência de consumo positiva.

Stefania Claudiano – A maior dificuldade é desenvolver uma formulação onde o sensorial atenda as expectativas do mercado, pois os produtos veganos não são necessariamente consumidos somente por pessoas adeptas ao veganismo. Atualmente, não temos uma grande dificuldade em encontrar fornecedores que desenvolvem matérias-primas veganas, o que era uma dificuldade no passado. Com o veganismo crescendo no Brasil e se tornando uma tendência de mercado, os fornecedores estão se adaptando a essa nova realidade.

Guia – Qual a importância das matérias-primas escolhidas?

Stefania – As matérias-primas escolhidas para um produto vegano não podem conter nenhum ingrediente de origem animal; não podem conter aditivos, suplementos ou enzimas de origem animal; e não podem ser processados com coadjuvantes de tecnologia que sejam de origem animal.

Portanto, os fornecedores de matéria-prima precisam enviar especificações técnicas, laudos e documentações certificando que a matéria-prima é vegana.

Além disso, pelo fato de ser um mercado novo, as matérias-primas são inovadoras e uma grande oportunidade de entregar um produto de qualidade e benéfico ao consumidor.

Guia – Costuma-se afirmar que para ser vegano, hoje, é uma escolha que envolve custos altos. Vocês acreditam que esses produtos tendem a ficar mais acessíveis?

Juliana – Hoje comparando nossos preços sugeridos, o chocolate vegano tem preço 17% a mais que o nosso chocolate tradicional, pela qualidade e diferenciação dos ingredientes que temos, como: leite de aveia, fibra de raiz da chicória, mix de frutas vermelhas e a própria manteiga de cacau. Entendemos que conseguimos uma diferença pequena para o consumidor visto o benefício do produto. Com relação a ficar mais acessível, todos os produtos e/ou categorias inovadoras possuem esse desafio, quando o mercado é pequeno o valor é elevado e conforme o mercado cresce, em decorrência da maior disponibilidade da matéria-prima e maior volume, os produtos tendem a ficar mais acessíveis. E esse é o nosso desafio como empresa de alimentos saudáveis se comparado aos alimentos com açúcar do mercado.

Guia – Qual a importância que os produtos veganos assumiram dentro da Linea? Eles representam quantos por cento do faturamento da empresa?

Juliana – Os chocolates veganos são lançamento recente da Linea, estamos trabalhando a distribuição e comunicação junto aos nossos consumidores, porém temos outros produtos veganos em nosso portfólio, como adoçantes, biscoito integral, geleias e pipoca, categorias muito significativas no faturamento da Linea e o nosso propósito é crescer ano a ano.

Guia – Quanto a Linea pretende crescer com os produtos veganos em 2023?

Juliana – Levando em consideração todos os nossos produtos veganos pretendemos crescer de 15% a 20% em 2023.

Guia – Qual a importância do canal farma para as vendas desses produtos?

Juliana – O canal farma é bastante significativo para a Linea, no geral e não somente nos produtos veganos, estamos vendo uma transformação importante no canal, parceiros com a visão de saúde e prevenção, se antecipando ao cenário da “doença” e restringindo produtos que não são saudáveis em seu sortimento. São grandes parceiros da Linea.

Guia – Quais os últimos lançamentos de Linea no mercado de veganos?

Juliana – Os nossos últimos lançamentos são os chocolates veganos sem açúcar na versão 30 gramas nos sabores: Chocolate Ao Leite com Nibs de Cacau Vegano e Chocolate Branco com Frutas Vermelhas (morango, amora e framboesa) Vegano.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: gerente de marketing da Linea Alimentos, Juliana Napolitano.

1 comentário

  1. Muitas pessoas com alergias e intolerâncias alimentares também estão consumindo produtos veganos, o que explica parte do crescimento. E quando as pessoas descobrem que alimentos veganos são isentos de sofrimento animal, muitas vezes são mais saudáveis ou com produção sustentável, isso também pode interferir na preferência por esses produtos.

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