As vendas da dinamarquesa Novo Nordisk, fabricante de medicamentos injetáveis para diabetes como Ozempic e Wegovy, deram um salto tão grande neste ano que transformaram a economia do país, mostra reportagem do Wall Street Journal.
- A demanda por esses tipos de medicamentos, também chamados de “canetas emagrecedoras” e apontados como aliados no tratamento da obesidade, explodiu neste ano.
- Seu uso sem acompanhamento médico, porém, traz riscos.
Entenda: a alta nas receitas da Novo Nordisk, que deve chegar a até 33% neste ano, mudou a dinâmica de um país como a Dinamarca, cujo PIB gira em torno de US$ 406 bilhões (R$ 2 trilhões).
O fluxo de dólares gerado pela empresa foi tamanho que o krone, divisa dinamarquesa, se valorizou acima do esperado em relação ao euro, explica Jens Naervig Pedersen, diretor do Danske Bank, ao Wall Street Journal.
O primeiro efeito disso foi que o banco central dinamarquês teve que abaixar as taxas de juros no país, em movimento contrário ao feito pelo Banco Central Europeu, para tentar tirar força da moeda nacional.
Juros baixos acabam gerando efeitos na economia como um todo, como o aumento de investimento e empregos pelas empresas, e queda em todas as outras taxas negociadas no mercado.
Em números: a demanda pelos medicamentos da Novo Nordisk fez o valor de mercado da empresa aumentar em um terço neste ano, para US$ 419 bilhões (2,08 trilhões). Na Europa, ela só está atrás da LVMH (dona da Louis Vitton).
- As receitas no segundo trimestre deste ano cresceram 32% em relação ao mesmo período do ano passado.
- Apenas o Wegovy vendeu 537% a mais nesse recorte, com receitas de US$ 1,1 bilhão.
Novo Nordisk confirma que há falta de Ozempic
Fonte: Folha de SP
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