Farmacêutico no transporte aeromédico: uma nova área de atuação

Saiba como é a rotina de uma profissional do setor de resgate e transporte aéreo de pacientes

O resgate e transporte aeromédico já são empregados há mais de 150 anos no mundo, com registros durante a guerra Franco-Prussiana, quando houve a remoção de feridos por meio de balões para o exterior de Paris. Em 1890, um médico holandês propôs que os feridos das batalhas também fossem transportados em balões.

Atualmente, é definido como um tipo de transporte de resgate ou remoção de pacientes, por meio de helicópteros ou aviões, em locais em que as ambulâncias tradicionais não podem ser alcançadas facilmente ou rapidamente, ou mesmo em situações em que o doente necessita de um transporte entre -hospitalar.

Por trás dessas operações, encontra-se uma tripulação competente e em sintonia para cumprir determinados requisitos, com equipamentos e materiais especializados, que tornam possível que o transporte seja feito sem qualquer incidente. E o farmacêutico tem entrado nessas equipes para oferecer seus conhecimentos e realizar o controle de estoque de insumos e medicamentos, compras, organização e distribuição para as bases aeromédicas.

Uma das profissionais da Farmácia envolvidas neste trabalho, no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, é Virgínia De Rossi de Lima. “Trabalho na parte administrativa juntamente com o Dr. Felipe Nóvak (gerente) e o enfermeiro Márcio Metze (supervisor), fazendo-se cumprir todas as ordens e procedimentos relacionados à saúde, segurança do trabalho, meio ambiente e segurança operacional, através da execução, aplicação e cumprimento de todos os quesitos referentes ao conhecimento e aos riscos das atividades relacionadas ao resgate/transporte aeromédico”, detalhamento.

Como parte da progressão do setor de resgate e transporte aeromédico, Virgínia desempenha funções administrativas e assistenciais, com base nos hangares 41 e 42 do aeroporto, onde um avião realiza o transporte de enfermos. “Porém, distribuídos no Estado do Paraná, temos mais quatro presidentes baseados nas cidades de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa”.

Além disso, a farmacêutica explica que a empresa para qual ela presta serviços está há 11 anos no setor de resgate e transporte aeromédico, totalizando mais de 16.000 pacientes removidos. Em média, são transportadas entre 45 e 50 pessoas por mês, só na base de Curitiba. “Por meio de licitação, o governo do Estado e a Helisul trabalham em parceria nos transportes e resgates aeromédicos do Paraná, sendo que a maioria dos pacientes transportados são do Sistema Único de Saúde”, observa.

Necessidade 

Como uma empresa prestadora de serviços faz o resgate e transporte aéreo de vítimas e pacientes, geralmente são usados ​​insumos e medicamentos nos atendimentos, portanto existe a necessidade da contratação de um farmacêutico para realizar este trabalho de organização, controle e distribuição desses itens, frente ao serviço e à Vigilância Sanitária.

Com uma rotina sempre muito dinâmica, os médicos e enfermeiros permanecem de plantão 24 horas para realizar os atendimentos. Nesse esforço, eles fazem a triagem, verificam se o paciente está apto ao transporte, preparam as bolsas com materiais e insumos de acordo com o paciente (adulto/pediátrico), embarcam todos os materiais e equipamentos e partem para o transporte.

Como farmacêutica, Virgínia realiza apenas alguns voos, onde acompanha e verifica a necessidade de implementação de novas rotinas de organização e consumo de medicamentos e insumos utilizados durante o transporte. Porém, o dia a dia dela é mais em solo, onde cuida de todo o processo consuetudinário de trabalho do farmacêutico.

“A responsabilidade como farmacêutica neste serviço é de grande teor, pois nossos aviões e helicópteros são UTI’s aéreas e transportamos desde o recém-nascido com horas de vida até o paciente mais idoso, com toda e qualquer patologia da mais simples à mais complexa. Cada pessoa transportada com qualidade é motivo de imensa satisfação para toda a equipe. Equipe essa, que tenho muito orgulho em fazer parte!”

CFF regulamenta a atuação do farmacêutico na Aromaterapia e no uso de óleos essenciais

Fonte e Foto: CFF

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