Faturamento da EMS com os genéricos deve crescer 20% em 2023

A unidade de negócios de genéricos da EMS está focada em fortalecer as linhas cardiológica, sistema nervoso central e saúde feminina

A EMS Farmacêutica, que conta com cerca de 374 apresentações de produtos e mais de 200 moléculas, conta com o maior portfólio de genéricos no País, que atende a 96% das classes terapêuticas.

Atualmente, os genéricos representam cerca de 44% do faturamento total da EMS e são produzidos em todas as plantas fabris da companhia, localizadas em Hortolândia (SP), Jaguariúna (SP), Brasília (DF), e Manaus (AM). Neste mercado, a empresa movimentou R$ 7,2 bilhões em 2022, um salto de 16% em relação ao ano de 2021. Ao longo dos 12 meses do ano anterior, foram comercializadas 238 milhões de unidades (caixas) de medicamentos. Esses resultados mantiveram a EMS na liderança do segmento de genéricos, posição que ocupa desde 2013. Para 2023, a previsão da unidade de Genéricos da EMS é crescer 20% em faturamento. Atualmente, a empresa tem 17% de market share deste mercado (dado mensal – Jan/23 Projeção FMK – considera somente mercado de genéricos).

Desde o momento em que a empresa trouxe pioneiramente para o Brasil os medicamentos genéricos, em 2000, já tinha clareza da importância deste movimento e segmento para ampliar o acesso à saúde no Brasil. De lá pra cá, os genéricos seguem sendo uma opção fundamental para garantir a adesão da população a importantes tratamentos médicos”, afirma o head de Genéricos da EMS, Cauê Nascimento.

De acordo com o executivo, a empresa está focada em se fortalecer cada vez mais nas linhas cardiológica, sistema nervoso central e saúde feminina. “Ao final de 2022, quatorze novos medicamentos genéricos foram lançados pela unidade de Genéricos da EMS, complementando as linhas cardiológica, sistema nervoso central, saúde feminina e masculina e MIPs. Vale citar remédios para o tratamento da hipertensão, como a família Olmesartana e Nebivolol, além da Dipirona 1G, mais um reforço para a linha de dor e febre. Também lançamos a Bilastina, voltada para a rinoconjuntivite alérgica, e seguiremos colocando no mercado lançamentos importantes, pioneiros, inclusive, como forma de seguir com a nossa missão de cuidar das pessoas”, ressalta Nascimento.

O Brasil conta hoje com 96 fabricantes dessa classe de medicamentos, responsáveis por mais de 2.335 registros e 4.610 apresentações comerciais. De acordo com os dados divulgados pela ProGenéricos, compilados pela IQVIA, entre janeiro e dezembro de 2022, mais de 1,8 bilhão de caixas de genéricos foram comercializadas no Brasil, configurando um aumento de 7,76% quando comparado ao ano anterior. Com isso, é provável que o mercado de medicamentos genéricos continuará crescendo o dobro do mercado total. Vamos ficar próximos da casa dos 2 bilhões de unidades vendidas. No Brasil, a categoria responde por 36% das vendas em unidades no conjunto do mercado farmacêutico e, em países da Europa e Estados Unidos, este percentual chega a 70% e 80%, respectivamente, de acordo com dados do IQVIA.

Futuro de crescimento

Na última década, o Brasil saltou de 300 milhões de unidades de caixinhas comercializadas em 2010 para quase 2 bilhões de caixinhas, em 2022. Ao longo de mais de 20 anos desta categoria, foi feito um trabalho que conseguiu construir a confiança do médico e paciente. Mas, quando comparamos com alguns países em que o consumo de genéricos representa 80% dos medicamentos, verificamos que há um espaço enorme ainda no Brasil para crescer.

Um fator que contribui para uma perspectiva positiva da categoria é a questão judicial e regulatória. Em 2021, com a derrubada do parágrafo único do artigo 40 da Lei de Patentes, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foram liberadas cerca de 3,5 mil patentes para o mercado, o que provocou uma corrida das indústrias.

Já no cenário global, a projeção é de que o mercado mundial de medicamentos genéricos chegue a atingir aproximadamente US$ 508 bilhões até 2026, uma taxa de crescimento anual de 5,6%, de acordo com um estudo da Global Industry Analysts, Inc publicado no portal Pharmacy Times. Atualmente, estão sendo explorados novos produtos como os medicamentos injetáveis, que também favorecem o crescimento desta categoria. De acordo com o relatório “Previsão de mercado de injetáveis genéricos para 2028”, da ResearchAndMarkets – publicação recente da Business Standard –medicamentos de marca no valor de US$ 240 bilhões perderão patentes globalmente nos próximos anos, oferecendo inúmeras oportunidades de remuneração aos fabricantes de injetáveis genéricos. O mercado projeta atingir US$ 150 bilhões em 2028, ante os US$ 74,73 bilhões em 2021.

De acordo com a ProGenéricos, atualmente, 79% dos brasileiros compram ou já compraram medicamentos genéricos; trinta e três porcento dos medicamentos prescritos no Brasil são genéricos; genéricos são, em média, 60% mais baratos que os medicamentos de referência nas farmácias; e 85% dos medicamentos do Programa Farmácia Popular são genéricos.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: Shutterstock

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