Fluxo de consumidores em lojas físicas cresce 28% em janeiro

Levantamento do IPV analisa movimento de visitantes, vendas e reputação em shopping centers e lojas físicas de todo o Brasil

De acordo com levantamento do IPV (Índice de Performance do Varejo), organizado pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o fluxo de visitantes em lojas físicas cresceu 28% no primeiro mês de 2023. O mesmo também aconteceu com os Shopping Centers que, por sua vez, receberam 18% a mais de pessoas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Entre os tipos de estabelecimento, as lojas situadas na rua tiveram alta de 21% e as localizadas dentro dos centros comerciais tiveram acréscimo de 17% na comparação com 2022.

As vendas tiveram sincronismo em relação ao fluxo: no geral, 32% a mais de faturamento em relação ao ano passado, considerando a alta de 40% em lojas de rua e de 16% em lojas de shoppings. Situação semelhante com a quantidade de cupons, o que mostra que os consumidores não só compraram mais, como também gastaram mais.

E esse crescimento, tanto em volume de visitas, quanto em vendas, se refletiu por todas as regiões do Brasil. Ainda que exclusivamente a região Norte tenha apresentado queda de 7% no fluxo de lojas físicas em relação a janeiro de 2022, o Sudeste, por exemplo, teve alta de 38%, seguido por crescimentos de 2 dígitos em todas as demais regiões. No caso do Nordeste, o faturamento foi 42% maior na comparação com o mesmo período.

Entre os segmentos, que agora seguem a mesma classificação divulgada pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), os 5 dos 6 setores mapeados pelo índice mostraram acréscimos no fluxo de visitas no comparativo anual, com queda concentrada de -28% apenas em “Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação”. Os destaques positivos foram “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos” (+53%) e “Tecidos, vestuário e calçados” (+41%). Ambos também apresentaram alta tanto em quantidade de cupons quanto em faturamento nominal: 42% e 39% respectivamente para o primeiro segmento e alta de 6% e 5% para o setor seguinte. Já o segmento “Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo”, contou com alta de 2% no volume de cupons e de 5% para o faturamento nominal, indicando possível pressão inflacionária.

Para Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, o cenário político no Brasil deve se estabilizar nos próximos meses, e o varejo pode pegar essa carona. “Com a tomada definitiva do novo governo, a tendência é que o mercado também aproveite os aspectos positivos”.

O presidente da SBVC, Eduardo Terra, ainda reforça que “o contraste de janeiro deste ano versus do ano anterior mostra um crescimento grande, já que em Jan/22 vivíamos o pico da variante ômicron que fechou muitas lojas e afastou os clientes do varejo físico. Temos em Jan/23 uma volta definitiva do fluxo nas lojas físicas e que a partir de agora, nossos desafios estão no crédito e na confiança dos consumidores para termos um ano de evolução no varejo brasileiro”.

Um janeiro quente para o Varejo em 2023 

A alta no fluxo de visitação em janeiro de 2023 em lojas físicas foi de 28%, contra o mesmo mês de 2022. Ela foi disseminada entre as regiões, com apenas o Norte apresentando queda (-7%). O destaque positivo foi do Sudeste (38%), seguido pelo Sul (15%), segundo análise da 4intelligence.

Em relação ao volume de vendas (quantidade de cupons), o movimento de alta (+33%) para o Brasil foi generalizado entre as regiões. O destaque positivo foi o Sul (35%), seguido de perto pelo Sudeste (34%). Já em faturamento nominal, a maior alta foi no Nordeste (42%), seguido pelo Sul (36%).

A partir de 2023, o relatório apresenta o acompanhamento setorial seguindo a classificação divulgada pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Segundo os dados, o fluxo de visitação contou com alta em cinco setores dos seis que possuem cobertura, com a queda de 28%, concentrada em “equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação”. Parte desse movimento é explicado pela composição da amostra: uma parcela considerável de lojas nesta categoria situa-se no Norte, região que foi afetada pela pandemia em momentos distintos do restante do país. Os destaques positivos foram para o faturamento em “artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos” (39%) e “outros artigos de uso pessoal e doméstico” (18%).

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Fonte: HiPartners Capital & Work

Foto: Shutterstock

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