Incentivo ao autocuidado na saúde pode gerar economia global de quase US$180 bilhões em 2030

Na América Latina e Caribe, a economia pode chegar a US$12 bilhões, segundo pesquisa da Global Self-Ca

De acordo com a “Pesquisa Socieconômica do Autocuidado — O Valor Socieconômico Global do Autocuidado 2022”, o incentivo ao autocuidado pode gerar globalmente uma redução de custos de aproximadamente US$178,8 bilhões em 2030, ligados a cuidados mais caros, como consultas médicas, admissões hospitalares e compra de medicamentos com prescrição.

O crescimento do autocuidado ainda pode gerar globalmente:

  • 17,9 bilhões de horas economizadas de tempo individual, que seriam perdidas por indisponibilidades nas pessoas causadas por problemas de saúde;
  • 2,8 bilhões de horas médicas economizadas, que poderiam ser investidas para o atendimento de casos mais sérios;
  • ganhos de 71,9 bilhões de dias produtivos;
  • US$ 2,8 bilhões em prosperidade econômica, pelo aumento da produtividade e da habilidade das pessoas de administrar suas obrigações;
  • 39 milhões de QALYs (quality adjusted life year – ano de vida ajustado à qualidade), em 2030, 25% a mais do que 2019. Sendo que um QALY equivale a um ano em perfeita saúde.

Nos países inseridos no Grupo B, de acordo, então, com a  classificação socioeconômica localizados na América Latina e Caribe, onde está o Brasil, o incentivo ao Autocuidado pode gerar:

  • redução de custos de US$ 12 bilhões em 2030;
  • economia de tempo individual de 1,4 bilhão de horas;
  • economia de tempo médico de 196 milhões de horas;
  • ganhos de 4,4 bilhões de dias produtivos;
  • prosperidade econômica de US$135 milhões, pelo aumento da produtividade e da habilidade das pessoas de administrar suas obrigações;
  • índice QALY de 2,3 milhões.

A pesquisa foi produzida pela Global Self-Care Federation, que reúne associações regionais e nacionais, fabricantes e distribuidores de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Brasil é representado na Global Self-Care Federation pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa), antiga Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip).

O que é autocuidado na saúde

A prática do autocuidado considerada no estudo está de acordo com as definições da OMS e compreende: uso racional de produtos e serviços de saúde; conhecimento seguro de informações em saúde; bem-estar mental e autoconhecimento; prática de atividades físicas; alimentação saudável; consciência de atitudes de risco (como tabagismo e álcool em excesso); e boa higiene pessoal e do ambiente; além de uma das melhores maneiras das pessoas se protegerem e reduzir os impactos financeiros e de demanda de profissionais da saúde, segundo a EMS.

Para a vice-presidente executiva da Acessa, Dra. Marli Martins Sileci, o estímulo ao autocuidado é fundamental para a promoção da saúde das pessoas e uso mais adequado da estrutura de atendimento do país.

“A adoção de bons hábitos, que deve fazer parte da rotina de todos, e o estímulo ao letramento em saúde podem promover grandes mudanças na qualidade de vida das pessoas”.

Fonte: Acessa

Foto: Shutterstock

Deixe um comentário