O que fazer para não errar com o recém-contratado

Antes de empregar, é preciso entender o que o funcionário busca com a nova oportunidade

Um novo funcionário sempre chega à empresa muito motivado, mas passado algum tempo, pode ser que deixe de produzir como no início. Como evitar isso? É possível fazer algo para que o rendimento do novo colaborador não caia? Algumas dicas auxiliam na análise do candidato recém-contratado, principalmente no período de experiência (três meses da contratação). Veja a seguir.
Primeiramente, antes da contratação, é preciso entender o que o funcionário busca. Um desafio, segurança no trabalho, treinamento, possibilidade de avançar na carreira, emoção de trabalhar na empresa, autonomia ou uma liderança que o desenvolva? Algumas empresas não observam essas questões e colocam uma expectativa enorme de que o funcionário saiba fazer tudo, de que se integre rapidamente, de que gere resultado. Com isso, pode ocorrer um atropelo, falta de respeito ao tempo necessário para o desenvolvimento.
Para que o colaborador gere resultados e esteja integrado, ele precisa:

a) Sentir orgulho do novo local de trabalho: isso ocorre por meio do conhecimento da empresa, cultura, valores, missão, história e sucesso da empresa. O funcionário precisa se sentir parte dessa história.

b) Estar integrado: todos devem conhecer o novo funcionário, suas qualidades, de onde veio. Importante ter um “padrinho”, alguém que o acompanhe no período de integração e seja responsável por tirar suas dúvidas nas tarefas. Também é necessário ser familiarizado com as ferramentas de trabalho (sistemas, processos, tarefas, procedimentos).

c) Saber para que veio: conhecer o verdadeiro propósito de seu trabalho e das tarefas que ele vai desempenhar. A falta de propósito no trabalho é causa de desmotivação entre os novos contratados.

d) Conhecer como será medido seu desempenho: saber os indicadores de desempenho de seu setor. Em outras palavras, quais os pontos que ele deve observar para ser elogiado na empresa. Objetivos, metas e números devem obrigatoriamente ser transmitidos para a orientação do novo integrante.

e) Ter um líder: não apenas um chefe, ou alguém que ensina o serviço a ser realizado, mas um líder que o inspira, que o motiva, que o faz se sentir importante. É notória a quantidade de funcionários abandonados ainda durante o período de experiência.

f) Ter acompanhamento: confira de perto o trabalho do recém-contratado. Olhe, observe, mensure.

g) Ter uma remuneração condizente: um salário que contemple seu esforço, resultado e atenda à expectativa de acordo com o trabalho realizado.

h) Estar no lugar correto: existem funcionários que foram contratados para um lugar, mas deveriam estar em outro. Essa definição deve ser feita durante a entrevista, mas é preciso continuar avaliando o candidato, para que não seja necessário demitir um recém-contratado.

 

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Edição 275 - 2015-10-01 Mercado ilegal de medicamentos

Essa matéria faz parte da Edição 275 da Revista Guia da Farmácia.

Sobre o colunista

Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento

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