Medley fala sobre o mercado de genéricos no País

Os medicamentos genéricos possuem a mesma eficácia e segurança do medicamento referência. Apesar de mais baratos, carregam uma excelente qualidade

A Medley, a unidade de genéricos da Sanofi, conversou, com exclusividade, com o Portal Guia da Farmácia sobre o mercado de genéricos no Brasil.

De acordo com a Pro Genéricos, hoje 79% da população brasileira usa ou já usou medicamentos genéricos. Assim, mostrando a confiança da população neste mercado e apontando uma grande oportunidade para as farmacêuticas.

Confira a entrevista exclusiva:

G – Onde estão as maiores oportunidades em genéricos no Brasil?

M – Ainda de acordo com a Pró Genéricos, esta categoria representa 33,34% da indústria farmacêutica e, segundo a Interfarma, as projeções do mercado farmacêutico brasileiro eram de movimentar entre US$ 39 bilhões e US$ 43 bilhões em 2023, comercializando algo em torno de 238 milhões de doses.

Esta movimentação positiva é resultado do perfil do consumidor atual, onde vemos o Brasil caminhando para um mercado cada vez mais maduro em relação a escolha de medicamentos e com o autocuidado, sem perder de vista a qualidade. Por isso, cada vez mais a Medley está estabelecendo uma relação de proximidade com esse consumidor, protagonizando uma mudança na forma de se comunicar com seus consumidores, fazendo parte não só no momento da doença, mas também em toda a sua jornada de saúde.

Além disso, o mercado de genéricos oferece uma gama de tratamentos e produtos com moléculas consagradas e muito conhecidas. Temos nesta categoria também uma infinidade de marcas e opções para o consumidor. Por isso é importante continuar se dedicando e tendo cuidado em cada detalhe, desde a produção do medicamento até o que e como falamos com os nossos consumidores. Nossa prioridade é oferecer medicamentos de alta qualidade e acessíveis à população.

G – De que forma as farmácias e drogarias podem aumentar a adesão aos medicamentos genéricos sem praticar a “empurroterapia”?

M – Os medicamentos genéricos possuem a mesma eficácia e segurança do medicamento referência. Apesar de mais baratos, carregam uma excelente qualidade e são fáceis de serem encontrados pelos consumidores. Para aumentar a adesão é importante que os médicos indiquem os genéricos, já que são uma fonte de confiança dos pacientes, além, é claro, da indicação do próprio farmacêutico.

G – O que os profissionais das farmácias precisam saber/conhecer sobre os medicamentos genéricos? Como treiná-los e deixá-los preparados para as dúvidas que podem surgir por parte dos consumidores?

M – Os farmacêuticos estão mais perto dos pacientes e convivem, quase que diariamente, com eles. Provemos dados e informações para esse público, assim eles conseguem dar uma assistência de melhor qualidade, pois são eles que estão na linha de frente para que exista segurança e recuperação da saúde do paciente, conscientizando sobre cuidados e riscos como a automedicação.

G – Quais as principais dúvidas dos consumidores em relação aos medicamentos genéricos?

M – Ainda existe o receio de trocar o remédio de referência pelo genérico. O melhor a fazer é pedir o auxílio do farmacêutico, mas é importante que os consumidores entendam que os princípios ativos, dose, fórmula, forma de ser administrado, posologia e indicação terapêutica são os mesmos entre o medicamento genérico e o de referência.

Há a mesma qualidade, mas com preço mais acessível, isso porque a maioria dos estudos de eficácia e segurança foram realizados no momento da criação do medicamento referência, por isso o genérico acaba custando menos para o consumidor final. Hoje vemos que esse receio vem sumindo aos poucos, conforme a população consome mais informação. 

G – Qual a melhor forma de abastecer os estoques de farmácias e drogarias? De que forma a Medley auxilia o varejo farmacêutico na gestão de suas lojas?

M – Na Medley, existe um processo interno que auxilia tanto a nossa gestão dos medicamentos quanto das farmácias. A equipe comercial calcula o valor base médio por loja, o que determina as quantidades de medicamento que cada uma vai alocar, e é levado em consideração a curva ABC dos produtos, em que itens de curva A são os de maior giro e que devem ter um maior controle de estoque para que não haja ruptura e falte medicamento aos pacientes. B e C seguem a ordem de giro, onde C são os menos requisitados.

G – O que muda no processo fabril entre fabricantes de genéricos?

M – Os medicamentos genéricos possuem as mesmas características e efeitos do medicamento de referência sobre o organismo do paciente. A produção está submetida também às rigorosas regras que garantem segurança ao consumidor. Além disso, usamos materiais de alta qualidade para garantir eficácia para os que escolhem a categoria genéricos.

Na Medley, são operados diversos processos de qualidade, incluindo o registro dos eventos adversos de todos os medicamentos feito pela Farmacovigilância que consiste em detectar, avaliar, bem como compreender e prevenir esses eventos ou qualquer outro efeito relacionado à produção e administração de medicamentos.

G – De que forma a qualidade pode ser garantida e como desmistificar o conceito de que genéricos não fazem efeito? Quais são os processos de inspeção aos quais os fabricantes são submetidos?

M – A avaliação da qualidade dos medicamentos genéricos é realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e a rede de Laboratórios Centrais dos Estados (LACENS). A confiabilidade dos medicamentos genéricos é feita por meio da definição de rígidos critérios de qualidade adotados para análise e concessão de registros desses medicamentos, previstos na legislação.

Para garantir que a qualidade dos medicamentos genéricos no Brasil seja comparada à dos medicamentos genéricos fabricados no restante do mundo, a legislação brasileira foi estabelecida com base nas legislações mais avançadas como a dos Estudos Unidos (FDA – Food and Drug Administration) e a do Canadá (Health Canada), onde os genéricos estão consolidados como substitutos perfeitos de baixo preço dos medicamentos de referência.

Aqui na Medley, possuímos um mecanismo de qualidade avançado que avalia e prevê na cadeia possíveis riscos e problemas de segurança para que sejam corrigidos antecipadamente. Todos os dias, são produzidos na fábrica da Medley em Campinas uma média de 1,3 mil blisteres e 7,3 mil comprimidos e cápsulas. Cada lote produzido é submetido a dezenas de testes de qualidade e depois de embalado, cada caixinha também passa por testes de identificação.

G – O que os consumidores devem levar em consideração na hora de escolher um medicamento genérico?

M – O melhor a fazer é procurar a instrução do farmacêutico para cada caso. O papel desse profissional é fundamental para esclarecer dúvidas dos consumidores quanto à intercambialidade referência versus genérico, auxiliar no comprometimento do paciente à adesão ao tratamento, prevenir potenciais problemas relacionados ao uso de medicamentos, informar sobre o perigo da automedicação e informar os benefícios e riscos dos produtos. Além disso, outro fator importante que os pacientes/consumidores levam em conta na hora da compra de medicamentos genéricos, além da recomendação do médico e/ou farmacêutico, é a segurança e qualidade que a marca oferece.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: Medley

 

 

Não se automedique, consulte um profissional de saúde.

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