Pessoas não vacinadas têm 11 vezes mais chances de morrer por Covid-19 do que as imunizadas

Secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, falou também, em coletiva, sobre vacinação de crianças, ômicron, gripe e ampliação de testagem

A chance de pessoas não vacinadas morrerem por Covid-19 é 11 vezes maior do que a de pessoas completamente imunizadas contra a doença, segundo um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) em dezembro.

A informação foi dada pelo secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (6).

De acordo como secretário, Minas Gerais tem vacinas sobrando, e nesta sexta-feira (7) o estado vai receber mais cerca de 500 mil doses da Pfizer.

Avanço da ômicron

Minas Gerais deve registrar, neste mês, um “aumento vertiginoso e exponencial” de casos de Covid-19, causados principalmente pela ômicron, que é mais contagiosa. As aglomerações de Natal e réveillon também devem contribuir para o crescimento da incidência da doença nos próximos dias.

Até o momento, o estado tem 138 infecções confirmadas da ômicron – nenhuma evoluiu para óbito. A variante deve se tornar predominante em algumas semanas.

A expectativa da SES-MG é que a procura por unidades de pronto-atendimento e a ocupação de enfermarias aumentem, como já vem acontecendo, mas que a variante não gere grande impacto nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

De acordo com o secretário, a desobrigação do uso de máscara nem é discutida neste momento, por causa do avanço da ômicron, assim como a realização do Carnaval. Ele disse também que o estado não recomenda a promoção de aglomerações durante as datas da folia.

“Não existe previsão de retirada de máscara. Sem a máscara, a gente teria uma população inteira doente muito rapidamente”, falou.

Vacinação de crianças

Minas Gerais deve receber cerca de 370 mil doses de vacina contra a Covid-19 para a imunização de crianças de 5 a 11 anos neste mês, segundo o secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Ele disse que a previsão é que as vacinas da Pfizer sejam distribuídas aos estados pelo Ministério da Saúde nos dias 13, 20 e 27 de janeiro.

 Minas Gerais tem um pouco mais de 1,8 milhão de crianças de 5 a 11 anos.

As primeiras a serem vacinadas no estado serão as com comorbidades, seguidas das com deficiência permanente, indígenas e quilombolas.

Depois, a imunização, então,  deve seguir por faixa etária, começando pelos mais velhos.

A expectativa é que a primeira dose seja aplicada em todo o público-alvo no primeiro trimestre, e a segunda, a partir de abril.

Alta da gripe

Ainda de acordo com Baccheretti, em algumas regiões do estado, vem sendo observado um “aumento desproporcional” de internações de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), devido, então, à alta de casos de doenças como gripe e pneumonia bacteriana.

Os índices de internação de pacientes com Covid-19 ainda não sofreram forte alteração – todas as macrorregiões do estado permanecem na onda verde do Minas Consciente há três meses.

Atualmente, Minas Gerais não tem casos confirmados de flurona, mas seis estão em investigação. As amostras estão sendo analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), e o resultado está previsto para sair.

Ampliação de leitos

Por causa do aumento da procura de pacientes, o secretário afirmou que a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) está trabalhando na ampliação de leitos de enfermaria, em hospitais do interior e também nas unidades Júlia Kubitschek e João Paulo II, na capital.

No hospital infantil, a expectativa é abrir também mais 10 leitos de CTI pediátrico. “As crianças têm uma maior propensão a doenças respiratórias sazonais”, explicou Baccheretti.

Ampliação da testagem

O estado vai distribuir 1 milhão de testes de antígeno para detecção da Covid-19 aos municípios nos próximos dias. O governo federal também vai enviar mais exames a Minas Gerais na próxima semana. O protocolo, portanto, prevê que todo paciente com síndrome gripal seja testado.

O objetivo, contudo, é que os testes passem a ser mais acessíveis para as pessoas, em locais como praças e rodoviárias, de acordo, então, com Baccheretti, 

“Estamos discutindo como fazer isso com os municípios. Muitos pacientes vão às UPAs e ao pronto-atendimento com medo de ser Covid-19, eles querem testar, e a gente leva, então, um aumento de demanda para o hospital”, afirmou.

Fonte: G1

Foto: Shutterstock

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