Beleza sem glamour, umectação noturna e cadeias produtivas rastreáveis são algumas das tendências que irão dominar a indústria de beleza em 2023
Musgo-do-mar
A indústria de beleza tem uma verdadeira paixão pelos superalimentos, e em 2023 o musgo-do-mar será o ingrediente da vez.
Alinhada a tendências de beleza previstas para 2022, como o banho rústico e ingredientes praianos, a hashtag #SeaMoss já recebeu mais de 235,9 milhões de visualizações no TikTok. Esse termo genérico engloba milhares de espécies de algas vermelhas e marinhas nativas de diferentes partes do mundo.
Na área da beleza, o musgo-do-mar vem chamando a atenção graças a seus inúmeros benefícios terapêuticos e estéticos.
Embora atualmente mais usado em produtos de skincare, esse ingrediente multitarefa será em breve a estrela de suplementos comestíveis e produtos para cabelo, banho e corpo.
Como se isso não fosse o bastante, o musgo-do-mar também é essencial para a regeneração dos ecossistemas marinhos e considerado um alimento de origem sustentável.
Beleza sem glamour
Conforme entramos na era do hiper-realismo, o interesse por produtos que tratam problemas pouco glamourosos irá crescer, e tanto marcas quanto consumidores irão abraçar o lado feio da beleza.
Em 2023, marcas sinceras e diretas irão criar soluções para problemas antes considerados vergonhosos – de espinhas espremidas e pelos encravados a seios suados e bigodes de melasma–, normalizando essas questões com muita honestidade e bom-humor.
No TikTok, vídeos com a hashtag #BodyHairPositivity receberam 100 milhões de visualizações, e o número de buscas no Google pelo termo “adesivo para espinhas” triplicou entre 2020 e 2022.
A beleza sem glamour já está mudando o mercado, e trazendo com ela uma nova geração de produtos que tratam questões específicas sem tabus.
Cadeias produtivas rastreáveis
Possíveis graças a avanços tecnológicos na área agrícola, as cadeias produtivas rastreáveis irão em breve substituir o movimento ‘do campo ao rosto’ dentro da indústria de beleza.
Frente à crise logística causada pelas mudanças climáticas e conflitos geopolíticos, a indústria de skincare passará a investir em práticas agrícolas e sistemas de rastreamento que a protejam da escassez de ingredientes ativos e outros produtos.
A demanda por práticas agrícolas mais responsáveis, cadeias de valor locais e fornecimento sustentável fará com que esse setor invista na agricultura vertical e profunda (ou subterrânea), duas formas mais sustentáveis de cultivar matéria-prima e otimizar a cadeia de suprimentos.
Além de oferecer uma produção local, eficiente e sustentável, essas tecnologias têm a vantagem de usar ambientes controlados que não são afetados por padrões climáticos imprevisíveis, poluição ou pragas.
Para completar, essas técnicas simplificam a cadeia produtiva e produzem ingredientes completamente rastreáveis, o que explica porque elas irão, em breve, substituir o movimento ‘do campo ao rosto’.
Fonte: WGSN
Foto: Shutterstock
