Raia Drogasil vê oportunidade de crescimento com endividamento de concorrentes

Empresa registrou lucro atribuído aos controladores de R$ 192,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa alta de 36,7% em relação ao mesmo período de 2022

escalada de taxa de juros e o nível de endividamento dos concorrentes geram uma oportunidade de ganho de participação e crescimento para a Raia Drogasil, na visão do diretor-presidente Marcilio Pousada.

A Raia Drogasil registrou lucro atribuído aos controladores de R$ 192,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa alta de 36,7% em relação ao mesmo período de 2022. A receita líquida da companhia avançou 20,8%, para R$ 7,9 bilhões.

Em teleconferência a analistas sobre os resultados, Pousada lembrou a rede também teve ganho de participação em 2009, com a crise de crédito desencadeada nos Estados Unidos, e em 2016, durante a recessão no Brasil.

“O mundo se divide entre quem está apertado e quem tem balanço forte. Quem conseguir manter excelência operacional, não vai ter que tirar gente de loja e trabalhar com ciclo de caixa apertado, vai conseguir manter expansão, vai ganhar share”, afirmou.

O executivo destaca que a companhia é resiliente e tem uma demanda gerada pelo envelhecimento da população, sendo menos dependente das variações do PIB.

O vice-presidente da companhia, Eugênio de Zagottis, destacou a expansão da rede na região Centro-Oeste, com a inauguração de um centro de distribuição em Cuiabá. A expansão da rede em São Paulo foi de 22%.

A plataforma digital do grupo foi citada como uma ferramenta para fidelizar o consumidor. Um cliente pontual compra cinco vezes ao ano, enquanto um assíduo compra em média 21 vezes ao ano. Já o cliente assíduo e digitalizado alcança em média 26 compras ao ano, com tíquete médio superior aos demais. De acordo com os dados da companhia, 1,4 milhão de clientes são assíduos e digitalizados.

A receita digital cresceu 63,3% em relação ao primeiro trimestre de 2022, com R$ 1,07 bilhão. Já a participação desse negócio na receita total ficou em 13,7%, ante 10% no mesmo período do ano passado.

Nas lojas físicas, houve crescimento de vendas de 12,6% nas unidades maduras no primeiro trimestre, 7,9 pontos percentuais acima do IPCA de 4,7%. O comando do grupo afirmou que há ganhos de margens nas lojas maduras, com o crescimento acima da inflação.

Na 4Bio, de medicamentos especiais, o ganho de margem deve se dar por diluição de despesas.

No primeiro trimestre, a margem bruta do grupo foi de 24,4%, o que representa uma ligeira queda de 0,3 ponto percentual em relação a igual período de 2022.

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Fonte: Valor Econômico

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