Rio e São Paulo têm transmissão comunitária de coronavírus, diz Ministério da Saúde; Brasil tem 98 casos

Caso ocorre quando não é mais possível saber a origem da infecção

Os municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo já registram transmissão sustentada ou comunitária do novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. Esse tipo de transmissão ocorre quando não é mais possível saber a origem da infecção por ter se alastrado aleatoriamente. É diferente da transmissão local, quando se sabe quem passou o vírus a quem. E as infecções importadas, as primeiras notificadas no país, ocorrem quando os doentes se contagiaram fora do Brasil.

A transmissão sustentada é o terceiro e último estágio epidemiológico. Faz com que as autoridades elevem o nível de alerta e adotem medidas de maior restrição. A orientação do Ministério da Saúde, divulgada nesta sexta-feira, inclui até antecipação das férias escolares ou uso de ferramentas de educação a distância. É também recomendado redução do fluxo laboral, com adoção de medidas como home office, reuniões virtuais e horários alternativos de trabalho.

Transmissão comunitária

O número de casos incluídos na plataforma digital do Ministério da Saúde tem um certo atraso em relação aos dados divulgados pelos próprios estados. Em todo o estado do Rio de Janeiro, a pasta contabiliza 76 suspeitos e 16 confirmados. No estado de São Paulo, são 753 suspeitos e 56 confirmados na base de dados do ministério, que teve a última atualização na tarde desta sexta-feira.

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, com informações atualizadas até as 15h45, há 98 casos confirmados no Brasil, distribuídos por 13 estados. São 56 em São Paulo, 16 no Rio de Janeiro, seis no Paraná, quatro no Rio Grande do Sul, três em Goiás, dois no Distrito Federal, dois em Santa Catarina, dois em Minas Gerais, dois na Bahia, dois em Pernambuco, um no Espírito Santos, um em Alagoas e um no Rio Grande do Norte.

O balanço também aponta 1.485 casos suspeitos e 1.344 descartados. Apenas os estados de Roraima e do Amapá não têm casos suspeitos.
Foto: Shutterstock
Fonte: G1

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