Serviços farmacêuticos tem queda de 7% em 2022

O dado foi apresentado durante o Congresso de Clínicas e Serviços Farmacêuticos Avançados da Abrafarma

Aconteceu na última semana, o 3° Congresso de Clínicas e Serviços Farmacêuticos Avançados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que reuniu mais de mil participantes, entre gestores de farmácia, farmacêuticos e outros profissionais da área da saúde.

Durante o evento, foram apresentados dados da ClinicaRX, que apontam que os serviços na farmácia cresceram 504% entre 2020 e 2021, sendo que o volume de atendimentos em 2022 recuou 7%, considerando o período de janeiro a novembro de cada ano. “A participação dos testes de Covid no total de atendimentos realizados seguiu a mesma tendência, alcançando seu máximo em 2021 e recuando em 2022, com forte crescimento na participação dos serviços não-Covid, com destaque para testes rápidos não-Covid e as vacinas”, contou o coordenador da Assistência Farmacêutica da Abrafarma e fundador do Clinicarx, Cassyano Correr.

Além disso, no evento, o CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, celebrou a marca de 1 bilhão de atendimentos nas quase 9.500 farmácias da associação instaladas no Brasil, de outubro de 2021 a outubro de 2022, representando um crescimento de 20% no MAT outubro/2022. “Antes o crescimento das redes da Abrafarma eram puxados por não medicamentos, com foco para itens de higiene e beleza, mas agora quem está puxando crescimento nos últimos dois anos são os medicamentos”, comemora o CEO, que divulgou que as farmácias da associação atingiram a marca de R$80 bilhões de faturamento em 12 meses, considerando até outubro, mais a projeção de novembro de 2022.

“Para o novo governo, temos que sugerir programas de incentivo à compra de medicamentos e reembolso; a ampliação da rede privada, desenhando a relação preferencial para ampliar a cobertura vacinal usando nossas farmácias; a utilização das farmácias em protocolos específicos de telemedicina, como é o caso do Prep, para HIV; a revisão do programa Farmácia Popular, e o aumento da assistência farmacêutica no atendimento pós-internação a médio prazo”, destaca o executivo.

Além disso, para 2023, Mena Barreto contou que os desafios são apoiar a Anvisa na decisão sobre mais testes rápidos e outras facilidades nas farmácias através da revisão regulatória; aumentar a consciência da população sobre questões de saúde, para explorar o conceito de autocuidado, buscando qualidade de vida e longevidade, tópicos que ganharam mais relevância no pós pandemia; revisar o catálogo com adequação às novas possibilidades advindas das revisões regulatórias e das novas leis, como a da telessaúde; e levar maior conectividade às farmácias, com inclusão de todas as salas de serviço presentes no cadastro nacional de estabelecimento de saúde (CNES), com vinculação a RNDS e outros Hubs, para maior visibilidade.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: Shutterstock

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