Vitamine-se faz acordo com Raia Drogasil

A empresa de vitaminas e suplementos alimentares ganha escala no varejo ao fechar uma parceria para distribuir seus produtos em mil lojas da RD, rede conhecida por só abrir lojas em esquinas

O economista Augusto Cruz Neto estudou o mercado da prevenção e procurou entender por que os brasileiros não consomem vitaminas e suplementos alimentares. Em 2021, nasceu a Vitamine-se. No início, a marca era, predominantemente, um e-commerce de produtos personalizados. Agora, está desembarcando no mundo físico, por meio de uma uma parceria com o grupo Raia Drogasil (RD).

Com o acordo, a empresa chegará a mil lojas da RD, rede conhecida por abrir unidades exclusivamente em esquinas de ruas com grande fluxo de consumidores.

Até então, a Vitamine-se já tinha presença em 500 pontos de venda de redes de menor porte, como Drogaria Iguatemi, Bio Mundo, Tapajós e Cia da Saúde. No ano, a expectativa é adicionar mais 700 pontos a esse mapa de distribuição por meio de novas parcerias.

“O resultado que eu fiz em 2022 eu praticamente já atingi em 2023”, diz Cruz Neto, sobre a evolução da operação. Em 2022, a Vitamine-se faturou R$ 3 milhões e, para esse ano, a meta é chegar a R$ 20 milhões. Com 33 produtos no portfólio, a expectativa é a de que a companhia alcance o breakeven no último trimestre de 2023.

Em abril do ano passado, a empresa levantou R$ 8 milhões em uma rodada seed. O aporte contou com as participações do fundo Green Rock, focado em saúde; do Monte Bravo, o escritório de agentes autônomos da XP que vai se tornar corretora; e de Luiz Fernando Figueiredo, fundador da Mauá Capital e ex-diretor do Banco Central, entre outros investidores.

Um mercado fortalecido

Cruz Neto está entrando em um setor de crescimento acelerado, sobretudo depois da pandemia do novo coronavírus. Globalmente, o consumo de vitaminas e suplementos alimentares está projetado para movimentar US$ 98,6 bilhões, em 2031, com uma taxa de crescimento anual composta de 7,6%, segundo a consultoria Allied Market Research.

No Brasil, o potencial é enorme. De acordo com a IQVIA, 80 milhões de brasileiros estariam aptos a consumir suplementos dietéticos, mas apenas 20 milhões o faziam. De acordo com o executivo, isso acontece pois a maior parte do público considera os produtos como medicamentos. Algumas pessoas, mais céticas, não acreditam nos benefícios da suplementação. Outros não usam com receio de engordar. E há ainda aqueles que dizem não ter dinheiro para adotar o hábito.

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Foto e Fonte: Neofeed

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