Um levantamento realizado pelo Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), mostrou que 97,7% das farmácias ainda sofrem com a falta de medicamentos.
O levantamento foi realizado por meio de questionário contendo 16 perguntas. O link para acesso ao questionário foi divulgado no site da instituição e nas redes sociais do CRF-SP no dia 25 de novembro de 2022 e ficou disponível para receber respostas até o dia 16 de janeiro de 2023, obtendo 225 respostas, sendo que 224 respostas foram consideradas válidas. O objetivo do levantamento foi saber quais medicamentos estão em falta em estabelecimentos farmacêuticos, desconsideramos respostas enviadas por outros profissionais.
Entre as 224 respostas, 219 sofrem com o desabastecimento de medicamentos (97,77%), conforme as classes de medicamentos detalhadas a seguir:
- 198 sofrem com a falta de medicamentos antimicrobianos (88,39%)
- 139 sofrem com a falta de medicamentos mucolíticos (62,05%)
- 136 sofrem com a falta de medicamentos anti-histamínicos (60,71%)
- 110 sofrem com a falta de medicamentos analgésicos (49,11%)
- 124 sofrem com a falta de medicamentos de outras classes (55,36%)
Medicamentos anti-histamínicos mais citados pelos farmacêuticos:
- Dexclorfeniramina 79
- Cetirizina 61
- Loratadina 59
- Difenidramina 28
Medicamentos antimicrobianos mais citados pelos farmacêuticos:
- Amoxicilina 164
- Azitromicina 77
- Amoxicilina+clavulanato 42
- Cefalexina 40
- Ciprofloxacino 30
- Nitrofuranteína 17
Medicamentos analgésicos mais citados pelos farmacêuticos:
- Ibuprofeno 80
- Dipirona 56
- Paracetamol 36
- AAS 19
Medicamentos mucolíticos mais citados pelos farmacêuticos:
- Acetilcisteína 87
- Cloridrato de bromexina 71
- Carbocisteína 67
- Cloridrato de ambroxol 61
“Após análise das respostas recebidas e comparando-as com o relatório da fase 2, percebemos que os farmacêuticos que responderam à pesquisa continuam sofrendo com o desabastecimento de medicamentos, porém, quando analisamos as respostas para cada classe de medicamentos, percebemos que a porcentagem diminuiu em todas as classes”, afirmou o CRF-SP, em relatório.
Dentre os entrevistados, 72,77% dos respondentes atuam em unidades privadas, sendo que 70,54% atuam em farmácias e drogarias privadas.
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