Apesar da expectativa positiva de mudanças que sempre antecede a posse de um novo governo, o brasileiro ainda está inserido no contexto da crise econômica enfrentada pelo País, da qual estamos emergindo de maneira muito tímida e o que deve influenciar nas vendas do Natal, conforme explica a consultora da HAI Consultoria & Varejo, Gabrielle Fernandes. “É nesse cenário que lojistas e consumidores terão de se mover no sentido de que o mercado de presentes, na melhor data comercial do ano, atenda às expectativas de ambos”, pondera.
Segundo a especialista, no que diz respeito ao lojista, o empresário precisa entender o momento do brasileiro e, assim, criar oportunidades para que ele compre neste Natal. “É importante entender que o consumidor, embora estimulado a comprar presentes nesta época, está apreensivo com os problemas da economia. Dessa maneira, é preciso considerar o histórico de vendas de anos anteriores para entender como o varejo se comportou”, diz.
Gabrielle ressalta ser necessário “atenção e sensibilidade” para garantir um incremento nas vendas do Natal. Para isso, a partir do estímulo natural dos consumidores de presentearem as pessoas no final de ano, é preciso criar oportunidades para que eles realizem essa expectativa e possam comprar o que necessitem. Nesse sentido, deve-se considerar as faixas de renda, com promoções, parcelamento e condições comerciais compatíveis com a realidade de cada cliente. “O lojista precisa entender, cada vez mais, que cada consumidor é único, com necessidades, desejos, expectativas e poder de compra específicos”.
A especialista da HAI dá o exemplo dos produtos de beleza encontrados em farmácias. “Cosmético é um segmento que deverá ter bom movimento, porque costuma agradar todo mundo e muitas vezes tem um valor acessível. Porém, é fundamental criar condições para que se consiga comprar, estabelecendo prazos, descontos progressivos e formas flexíveis de pagamento. O varejo funciona sempre por meio de estímulos e oportunidades”.
Fonte: Guia da Farmácia
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