Entenda os diferentes tipos de repelentes
No cenário do combate à dengue, é dever de cada um ajudar a reduzir o número de casos. Os simples atos de evitar acumular recipientes com água parada no quintal de casa e aplicar repelente na pele são as maneiras mais eficazes na luta contra o Aedes aegypti, o pequeno vilão por trás de grandes epidemias de dengue.
Segundo recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), o Brasil ultrapassou a marca de 1,5 milhão de casos de dengue em cerca de oito meses, de janeiro a outubro, superando o total de 2022.
O uso de repelente é uma das maneiras de prevenção. Nas farmácias, existem várias opções com formulações distintas. “Todos os repelentes oferecem proteção, mas não se pode dar garantia de 100% porque os mosquitos começaram a ficar resistentes As formulações à base de icaridina tem tempo de ação prolongado”, alerta o presidente da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), Dr. Carlos Magno Fortaleza.
Existem vários ingredientes ativos comuns em repelentes. Alguns dos mais utilizados, segundo o professor do curso de medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Prof. Dr. Fernando Ferry, incluem:
DEET (N, N-dietil-meta-toluamida): é um dos repelentes mais eficazes e amplamente usados. Oferece proteção duradoura contra uma variedade de insetos, incluindo mosquitos transmissores da dengue.
Icaridina (Picaridin): também é altamente eficaz e tem a vantagem de ser menos oleosa e com menor potencial de irritação na pele em comparação com o DEET.
Óleo de citronela: um ingrediente natural que repele mosquitos, mas a eficácia tende a ser mais limitada em comparação com o DEET e a icaridina.
Reaplicação: a frequência de reaplicação de repelentes depende da concentração do ingrediente ativo e das condições. Em geral, é recomendável reaplicar repelentes a cada 4-6 horas. Se estiver suando muito ou nadando, pode ser necessário reaplicar com mais frequência.
Alerta para o risco de alergia: repelentes podem causar alergias em algumas pessoas, embora seja raro. O DEET, em particular, pode causar irritação na pele em algumas pessoas sensíveis. Para reduzir o risco de alergias, é aconselhável fazer um teste de sensibilidade em uma pequena área da pele antes de aplicar o repelente em todo o corpo. Se ocorrer irritação, descontinuar o uso.
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Fonte: Guia da Farmácia
