Vírus, gripes e outras doenças respiratórias se intensificam durante as épocas mais frias do ano, tornando o ambiente escolar um potencial ponto de contágio. Para ajudar neste cenário desafiador, que é motivo de muitas dúvidas no balcão da farmácia, buscamos respostas com especialistas que compartilharam as suas perspectivas sobre a questão. Então, vamos entender: quais são os riscos reais das voltas às aulas neste período?
De acordo com a pediatra e médica do Departamento de Saúde Escolar do Colégio Positivo, Dra. Andrea Dambroski, o período de volta às aulas pede atenção redobrada no que diz respeito a infecções virais, principalmente durante o inverno, em que as temperaturas mais baixas favorecem a disseminação de vírus respiratórios. “Além disso, nesta época do ano, a permanência em espaços com pouca ventilação favorece a circulação desses microrganismos,” explica.
O período mais frio do ano também é conhecido pelas suas mudanças bruscas de temperatura e clima mais seco, aumentando a chance de propagação do vírus. O otorrinolaringologista do Hospital Paulista e especialista em perda auditiva por ruído e Síndrome da Apneia do Sono em crianças, Dr. Gilberto Pizarro, complementa. Estamos no primeiro inverno após a pandemia, sem máscaras, e o contato entre as pessoas passa a ser mais frequente em ambientes fechados.”
Então, confira as dicas do Dr. Pizarro para abastecer sua farmácia com os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) para doenças respiratórias infantis:
• Analgésicos e antitérmicos: para crianças que apresentam quadros respiratórios iniciais, os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) mais adequados são os analgésicos e antitérmicos. Eles auxiliam no alívio dos sintomas, como febre e dor.
• Xaropes para tosse: existem xaropes apropriados para tratar tanto a tosse seca quanto a produtiva. A escolha deve ser baseada no tipo de tosse que a criança apresenta.
• Restrições de idade: todos os medicamentos, inclusive os MIPs, devem ser administrados conforme a idade da criança. Alguns medicamentos, como o soro fisiológico, possuem versões específicas para determinadas faixas etárias, portanto, é importante respeitar essa orientação.
• Efeitos colaterais: algumas crianças podem ter reações alérgicas aos medicamentos, como vermelhidão local ou no rosto, ou placas pelo corpo. Se os sintomas não melhorarem, é recomendado procurar orientação médica.
• Cuidados na administração: a posologia deve ser rigorosamente seguida na administração de medicamentos em crianças. Nunca se deve administrar medicamentos sem conhecer a dose correta.
• Quando procurar um médico: o atendimento médico deve ser procurado se a criança apresentar respiração muito acelerada, estiver cansada, parar de realizar atividades ou apresentar vias muito obstruídas.
• Interações com outros medicamentos ou alimentos: medicamentos com ação descongestionante devem ser administrados com intervalos em relação a antialérgicos e medicamentos neurológicos, pois ambos possuem ação central
Quais as diferenças entre gripes e resfriados?
Fonte: Guia da Farmácia
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