Dados preliminares da MSD mostraram que o antiviral Molnupiravir reduziu em 50% risco de internações e mortes
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou estar “discutindo” os termos do acordo com a Merck Sharp & Dohme (MSD) e também afirmou que aguarda uma estimativa do Ministério da Saúde (MS) sobre a demanda da pílula contra a Covid-19.
No entanto, não há definição, por parte da pasta, se o Molnupiravir será distribuído no Sistema Único de Saúde (SUS).
O MS, estaria, então, aguardando aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial ou registro definitivo da pílula no Brasil.
Já nos Estados Unidos, a MSD pediu ao FDA, órgão regulador naquele país, autorização para uso emergencial da medicação.
Resultados dos testes clínicos, divulgados no início do mês, apontam que o Molnupiravir, usado como tratamento nos primeiros cinco dias de sintomas, demonstrou redução de aproximadamente 50% do risco de hospitalização ou morte em pacientes adultos não hospitalizados com Covid-19.
A intenção da Fiocruz seria de fabricar o medicamento em Farmanguinhos, uma unidade do laboratório no Rio de Janeiro (RJ).
Novo estudo no Brasil
A saber, a Fiocruz também começou um estudo multicêntrico internacional, de Fase 3, com o Molnupiravir.
O objetivo é verificar a eficiência para evitar a propagação e transmissão da covid-19 entre pessoas expostas ao vírus.
Para avaliar o uso de Molnupiravir como profilaxia pós-exposição (PEP), serão avaliadas pessoas que foram expostas ao vírus.
Ou seja, que residem com uma pessoa que testou positivo para covid-19 nas últimas 72 horas e estão, portanto, sem apresentar sintomas associados à doença.
Além também de outros critérios específicos exigidos no protocolo de pesquisa.
O estudo ocorrerá, portanto, de forma simultânea em sete centros no Brasil, localizados, então, nos Estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Fonte: GZH Saúde
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