De acordo com uma pesquisa do Instituto Frabrafar de Pesquisas (Ifepec) da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) sobre o comportamento do consumidor no Brasil antes da pandemia da Covid-19, 61,6% dos entrevistados disseram ir a farmácia duas vezes por mês ou mais e 67,2% deles disseram comprar sempre ou quase sempre na mesma farmácia.
A pesquisa também mostrou que 86,7% dos entrevistados disseram não ter o hábito de pesquisar preços em outras farmácias, e que o tíquete médio da região sudeste, que é o mais elevado do País, ficava em torno de R$ 60,20. Contudo, 64,4% dos entrevistados afirmaram que o fator decisivo para a escolha da farmácia é o preço e só 24,5% afirmaram ser a localização.
Além disso, 95,5% dos entrevistados afirmaram não encontrar Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) com facilidade no ponto de venda (PDV) e recorrem ao balconista ou farmacêutico.
Os programas de fidelidade mostraram que continuavam em alta, com 86,5% dos entrevistados afirmando participar de alguma forma de fidelização. Ainda de acordo com a pesquisa, a cada cinco consumidores entrevistados que trocaram de medicamento, quatro substituíram o de marca pelo genérico. 94,8% deles também afirmaram que nunca compraram medicamentos por meios digitais.
Os dados da pesquisa foram apresentados durante a webinar do Retail Farma Brasil, que aconteceu na semana passada.
Perfil do consumidor pós Covid-19
Já de acordo com o diretor da Consumer Health Business Unit da IQVIA, Rodrigo Kurata, a pandemia acelerou um processo que já víamos antes. “O consumidor passou de convencional para evoluído, proativo para o autocuidado, mais tecnológico, com acesso a muito mais plataformas”, destacou.
Com isso, o PDV precisa se adaptar. “A execução da loja precisa refletir o atual cenário da jornada de compra do consumidor, sem perder a essência da farmácia, que representa para a população brasileira a porta de entrada do ecossistema de saúde, um parceiro de saúde da população, com a assistência farmacêutica sendo um grande diferencial, auxiliando no suporte a adesão ao tratamento”, explicou Kurata que acredita que a Covid-19 impulsionará o fortalecimento do elo do canal farma, além da digitalização do consumidor e o cuidado com a saúde.
Fonte: Guia da Farmácia
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