Estudo do IFEPEC, em parceria com a Unicamp, mostra que preço continua sendo o maior atrativo para a escolha
Em relação ao consumo de medicamentos, 71,59% dos brasileiros afirmaram já haver comprado pelo menos um genérico dentre os produtos adquiridos, sendo que, desse percentual, 33,83% adquiriram apenas genéricos. Esses dados mostram o crescimento acentuado desse segmento, já que, em 2021, essa fatia representava 62,6% do total, conforme constatou a “Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil – Edição 2023”, aplicada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que entrevistou quatro mil consumidores de farmácias em todo o País.
De acordo com a sondagem, em relação aos produtos de marcas, estes fizeram parte das compras de 52,66% dos consumidores, enquanto os não medicamentos participaram de 24,94% das cestas de compras. “Observa-se nesse ponto um aspecto interessante desse mercado, que é a consolidação dos genéricos, porém ainda se tem uma força contínua dos medicamentos de marca”, comentou o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia.
Segundo o executivo, “o mercado farmacêutico vem em um contínuo caminho de crescimento, em uma comparação dos resultados dos últimos 12 meses em um período finalizados em março de 2023 com o mesmo período do ano anterior, os resultados apontaram uma alta de 13,43% no faturamento das farmácias, segundo dados da IQVIA”.
Preço é a motivação
Dentre os motivos do destaque desses medicamentos está o preço. Na mesma pesquisa os consumidores ao serem questionados sobre quais os critérios de escolha de uma farmácia, ficou bem claro que o bolso e a comodidade são fatores primordiais na decisão, deixando vários outros de lado. Dos entrevistados, 82,13% afirmaram escolher os estabelecimentos pelos preços e 10,25% apontaram a localização como fator importante para a escolha. Além desses fatores, foram considerados também o estoque (3,4%), possuir atendimento da Farmácia Popular (2,15%), a facilidade de estacionar (01%) e o bom atendimento (0,9%).
Metodologia
Essa foi a sexta edição da pesquisa que analisa o perfil de consumo e que, desta vez, também buscou analisar os reflexos da pandemia para os frequentadores de farmácias. “A realização dessa pesquisa no decorrer dos anos vem se mostrando uma ótima ferramenta de apoio na tomada de decisões, retratando de forma real o comportamento dos consumidores nos agrupamentos de farmácias de cada região. É imprescindível dispor de dados para estruturar os melhores rumos a serem tomados”, afirmou Tamascia.
Todo o desenvolvimento do material foi coordenado pelo IFEPEC em parceria com o Neit – Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp. Para a realização do levantamento foram entrevistados até o mês de janeiro de 2023, quatro mil consumidores nas ruas, após efetuarem suas compras em farmácias, selecionados de acordo com os agrupamentos a qual pertencem, segundo dados da IQVIA.
Exclusivo: Venda de medicamentos genéricos cresceu 15,5% em 2022
Foto: Shutterstock
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