Aproximadamente 38 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão, mas somente 23% deles fazem o controle correto da patologia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). É essa lacuna que os medidores de pressão ajudam a diminuir, permitindo que o paciente possa fazer o controle de maneira simples e sem o auxílio de um profissional de saúde.
Somente no Brasil, são vendidos cerca de dois milhões de unidades de medidores de pressão por ano em farmácias, sendo o principal canal de venda dos produtos.
“Os monitores de pressão são itens necessários em qualquer farmácia, justamente por tratarem de questões de saúde, como pressão arterial e problemas cardíacos. As farmácias podem trabalhar, principalmente, na conscientização”, explica o diretor executivo da Incoterm, Andreas Weimer.
Olhando para essa oportunidade, a indústria busca facilitar cada vez mais o uso desses aparelhos para o consumidor, uma vez que ele deseja conforto e praticidade. São mais comuns os medidores compactos e de fácil utilização.
“As vantagens de ter um monitor em casa são muitas, como a praticidade em horários, melhor acompanhamento e conforto na medição em seu ambiente e também as memórias que os medidores de pressão possuem, auxiliando na gravação do histórico para um melhor diagnóstico médico”, cita.
Para a gerente de marketing da Omron, Manuela Nobre, a facilidade de uso é um dos principais fatores decisórios de compra. Enquanto os medidores de braço são mais comuns nos aparelhos hospitalares, quase 100% dos medidores de pulso são comprados por quem quer usar em casa.
Como funcionam Os monitores funcionam por meio do método oscilométrico, em que um sensor capta a movimentação da pulsação nas artérias e um algoritmo matemático converte esse movimento mecânico em dados de pressão arterial. Para o consumidor, modelos totalmente automáticos são práticos e seguros, pois basta posicionar a braçadeira corretamente na área indicada do corpo, apertar o botão de início e aguardar o resultado final da pressão arterial. Fonte: gerente de marketing da Accumed, Pedro Henrique |
“Ainda que seja mais confortável para um médico dizer, os medidores devem ser usados após 20 minutos sem movimentações bruscas. O paciente deve estar sentado ereto e, em especial com o medidor de pulso, o antebraço deve estar na altura do coração, para que o aferimento seja feito com precisão”, explica ela.
Ter um sensor que diga se o braço está na posição correta é uma das tecnologias que estão sendo embarcadas nos produtos, para que o paciente tenha segurança de que as medidas apresentadas são confiáveis. Há a preocupação, também, em oferecer itens que sejam mais confortáveis e que não apertem demais na hora de aferir a pressão.
E se o futuro é estar conectado, os aparelhos eletrônicos de saúde não ficariam de fora. Em 2019, a Omron lançará um monitor de pressão conectado ao smartphone.
“Com ele, o paciente poderá guardar o seu histórico e entregá-lo a seu médico com mais facilidade. A ideia não é que o paciente deixe de ir ao consultório, mas que, junto com seu médico, tenha ainda mais controle sobre sua pressão arterial”, revela Manuela.
Além disso, o gerente de marketing da Accumed, Pedro Henrique, cita os aparelhos que possuem diversas funções incorporadas, como detectores de arritmia, gráficos indicadores de potencial de hipertensão e conectividade com computadores.
Visibilidade é ponto forte
Para melhor desempenho de vendas na categoria, a exposição é um fator muito importante. A gerente de marketing da Omron explica que a ajuda do balconista ou farmacêutico é essencial para informar e ajudar nas vendas dos produtos, por isso os produtos devem estar expostos no balcão.
“Quando o consumidor pode experimentar o medidor, ele tem uma experiência que ajuda na decisão de compra. Ações de demonstração também ajudam na compra por impulso, quando o consumidor não vai à farmácia para comprar o aparelho, mas acaba levando-o”, frisa ela.
Os medidores de pressão devem ficar em locais visíveis, como gôndolas, balcões ou checkout, uma vez que o giro do produto é mais rápido e elevado devido ao autosserviço e à exposição. O ideal é que estejam juntamente com produtos e medicações que tratam da pressão arterial e dos cuidados similares.
O executivo da Incoterm complementa falando sobre a importância do estoque regulador, normalmente entre quatro e seis unidades por modelo de aparelho de pressão digital/analógico, pulso/braço.
“Esse número varia de acordo com o ponto de venda (PDV), há farmácias que já perceberam a boa performance que os medidores significam em seu tíquete médio”, finaliza.
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