A ministra da Saúde, Nísia Trindade, recebeu o Colar Cândido Fontoura do Mérito Industrial Farmacêutico, concedido pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), por sua brilhante trajetória profissional e de gestora pública na área da Saúde e sua contribuição para o desenvolvimento da indústria farmacêutica no país. A comenda foi entregue à ministra em encontro especial realizado na sede da entidade, em São Paulo, nesta segunda-feira (19). Por estar em viagem ao exterior, ela não pode comparecer à grande cerimônia de outorga do Colar, em abril, que homenageou 29 personalidades e marcou os 90 anos de fundação do Sindusfarma.
“Receber o Colar Cândido Fontoura do Mérito Industrial Farmacêutico, concedido pelo Sindusfarma, é uma honra especial, pois simboliza a importância de uma política de Estado em prol do acesso aos medicamentos e insumos de saúde. Essa medalha, portanto, é o reconhecimento de um trabalho individual, mas sobretudo coletivo. Um trabalho junto às instituições de saúde, minha trajetória na Fiocruz, e agora uma agenda no Ministério da Saúde. Trata-se de uma agenda de inovação, de orientar o trabalho de produção daqueles medicamentos para doenças negligenciadas, para o acesso à saúde e ao fortalecimento do SUS. Agradeço ao Sindusfarma e quero reafirmar o compromisso com essa agenda”, afirmou a Ministra Nísia Trindade.
Dentre muitas iniciativas na área da Saúde, foi admirável a atuação de Nísia Trindade na presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) durante a pandemia, como integrante do grupo de notáveis cientistas, sanitaristas e profissionais da saúde que, ao lado da indústria farmacêutica e de lúcidas autoridades e lideranças empresariais e da sociedade civil, viabilizaram a produção e aplicação da vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2, o que permitiu reverter a dramática curva de mortalidade registrada no país e proteger a população brasileira da Covid-19.
O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, destacou as realizações de Nísia Trindade, notadamente na emergência sanitária do coronavírus. “A liderança da professora Nísia foi fundamental para a assinatura do contrato de transferência de tecnologia da vacina contra a Covid-19 que salvou milhões de vidas no país. Foi marcante sua ação à frente da Fiocruz no momento em que, em plena pandemia, as vacinas eram fortemente contestadas”, disse Mussolini.
A ministra foi acompanhada pelo secretário Carlos Gadelha, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde.
Avanço da ciência
A socióloga e pesquisadora Nísia Trindade é a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde, tendo sido também a primeira mulher a presidir a Fiocruz entre 2017 e 2022.
Doutora em Sociologia (1997), mestre em Ciência Política (1989), pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj – atual Iesp) e graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj, 1980).
Em dezembro de 2020, foi eleita membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na categoria Ciências Sociais. Em 1º de janeiro de 2022, tornou-se membro da Academia Mundial de Ciências (TWAS) para o avanço da ciência nos países em desenvolvimento. Também foi agraciada com o grau de Cavaleira da Ordem Nacional da Legião de Honra da França, oferecido pelo Governo da França, em reconhecimento ao seu trabalho nas áreas da ciência e da saúde e pelos serviços prestados à sociedade em resposta à pandemia de SARS-CoV-2.
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