O impacto positivo dos medicamentos biossimilares na economia brasileira

Saiba porque que esse tipo de produto não é o famoso genérico, com fórmula idêntica ao medicamento original

O tema saúde pública e privada é muito debatido em todas as esferas políticas e econômicas. Encontrar o equilíbrio entre eficácia, segurança, tolerabilidade sem aumento de custos é uma importante meta para o governo.

Neste contexto, a ciência vem desenvolvendo cada vez mais fármacos biossimilares, que são medicamentos biológicos não idênticos de um medicamento de referência, porém desenvolvidos com a mesma complexidade e finalidade.

Esse tipo de medicamento é uma alternativa econômica a produtos biológicos de referência, facilitando o acesso à população que necessita de um tratamento adequado com uma maior facilidade.

É interessante saber que esse tipo de produto não é o famoso genérico, com fórmula idêntica ao medicamento original.

No caso dos biossimilares, eles são produtos produzidos a partir de um organismo vivo, como células e bactérias.

Além disso, trata-se de uma classe de medicamentos de alta tecnologia que possui algumas variáveis, criando diferenças inevitáveis até mesmo entre lotes subsequentes do mesmo produto.

Neste contexto, a tecnologia utilizada é a mesma dos medicamentos referência, termo utilizado para o primeiro medicamento produzido de uma molécula específica, o que garante a eficácia do fármaco.

Como utiliza-se uma molécula já desenvolvida, o custo do biossimilar é mais barato, trazendo aos pacientes uma acessibilidade maior ao tratamento, sem perda de eficácia.

Certamente, quando falamos economicamente dos medicamentos biossimilares, o investimento neste tipo de fármaco representa uma redução significativa de preço que pode chegar a mais de 40% no custo final.

Quando comparamos, então, o preço de registro no Brasil dos nossos biossimilares e os medicamentos de referência.

Isso mostra, por exemplo, que as aquisições desses produtos possibilitam uma grande e efetiva economia de recursos.

Entretanto, é preciso ressaltar que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, os produtos biossimilares representam apenas 2% do que é adquirido pelo Ministério da Saúde (MS).

Tal cenário vem mudando e devido ao preço mais baixo para aquisição, os governos municipais, estaduais e federais já ampliaram a busca pela compra dos biossimilares.

Contudo, é preciso ressaltar também que essa classe de medicamento torna o tratamento mais acessível, dando a possibilidade da manutenção mais apropriada do tratamento.

Exemplos brasileiros de medicamentos biossimilares

No Brasil, já foram registrados mais de 30 medicamentos biossimilares.

Entre eles está o infliximabe da Celltrion, utilizado para doenças autoimunes como doença de Crohn, artrite reumatóide, entre outras.

Quando utilizado, o biossimilar aponta para uma redução de aproximadamente 30% nos gastos com o produto.

Já o rituximabe da Celltrion , quando utilizado para o tratamento de Linfoma não-Hodgkin, gera uma economia de mais de 60%.

Esses são apenas dois exemplos, mas que somados ao macro, trazem um impacto extremamente positivo na economia.

Reduzindo, portanto, uma pressão sobre os custos dos cuidados de saúde e liberando também o orçamento para outros gastos no setor.

No mundo, a utilização dos medicamentos biossimilares vem ganhando bastante relevância.

No ano passado, segundo um relatório da Markets and Markets, o mercado global dessa classe de fármacos teve um faturamento de mais de US$ 11 bilhões.

E existe uma expectativa de que este número chegue a mais de US$ 37 bilhões em 2025. Esse crescimento está, portanto, atrelado ao custo-benefício do medicamento.

Exemplos internacionais

Nosso papel é trazer o máximo de estudos e informações para a classe médica e gestores de saúde sobre os medicamentos biossimilares.

Acreditamos que dessa forma, contribuiremos de forma significativa no equilíbrio financeiro tanto das instituições públicas quanto privadas e com isso mais pessoas terão acesso a terapias de ponta para tratamento de doenças complexas.

Biossimilares: entenda sobre esses medicamentos 

Fonte: Saúde Business

Foto: Shutterstock

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