OMS usará termo ‘mpox’ para varíola dos macacos para combater estigma

OMS recebeu reclamações de que o nome atual da doença é racista e estigmatizante

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na útlima segunda-feira (28) que começará a usar um novo termo como sinônimo da varíola dos macacos, o “mpox” (do inglês, “monkeypox”). A instituição insistiu para que todos sigam o exemplo, após receber reclamações de que o nome atual da doença é racista e estigmatizante.

“Ambos os nomes serão usados simultaneamente por um ano, enquanto “monkeypox” é eliminado”, disse a organização global de saúde.

A OMS lançou um processo de consulta pública para encontrar um novo nome para a doença no início deste ano. Durante o período foram ouvidos vários órgãos consultivos.

Portanto, de acordo com o diretor-geral Tedros Adhanom, a OMS recomenda o seguinte:

  • Adoção do termo mpox para a doença.
  • Mpox substituirá varíola de macaco após um período de transição de um ano. Isso serve para mitigar as preocupações levantadas por especialistas sobre a confusão causada por uma mudança de nome em meio a um surto global. Também dá tempo para concluir o processo de atualização do CID e atualizar as publicações da OMS.
  • O sinônimo mpox será incluído na CID-10 on-line nos próximos dias. Será uma parte da versão oficial de 2023 da CID-11, que é o atual padrão global para dados de saúde, documentação clínica e agregação estatística.
  • O termo “varíola de macaco” continuará a ser um termo pesquisável na CID, para corresponder a informações históricas.

A doença

Chamada de varíola dos macacos porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos, em 1958, a doença só foi detectada em humanos em 1970.

Entretanto, o novo surto mundial não tem relação nenhuma com os primatas – todas as transmissões identificadas foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas.

A monkeypox se espalhou principalmente em um grupo de países da África Ocidental e Central.

No entanto, atualmente 110 países relataram cerca de 80 mil casos confirmados e 55 mortes, de acordo então com dados da OMS.

Fonte: G1

Foto: Shutterstock

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