Pix é um método novo de pagamento instantâneo do Banco Central. Redes de varejistas, incluindo farmácias estão ávidos por captar clientes
A partir desta segunda-feira (5), os brasileiros já podem cadastrar oficialmente suas informações nos bancos e instituições de pagamento para o PIX, o novo meio de pagamentos e transferências desenvolvido pelo Banco Central.
Até o momento, 677 instituições já foram aprovadas para oferecer o serviço a clientes e iniciar nesta semana o cadastro das chamadas “chaves PIX” .
“Dentre as instituição aprovadas, há uma multiplicidade de agentes, entre bancos, cooperativas, instituições de pagamentos, fintechs, financeiras, entre outros”, informou o BC.
Embora muitas instituições financeiras tenham lançado um pré-cadastro para seus clientes, elas terão, ainda, que confirmar, a partir desta segunda, com os clientes o efetivo cadastramento das chamadas “chaves PIX”.
O que é “chave PIX”?
A “chave PIX” é uma espécie de “apelido” ou “atalho” para identificar e localizar cada conta no sistema.
O cliente poderá cadastrar como chave um número de celular, um e-mail ou o CPF ou CNPJ.
Ao criar o criar uma chave, o usuário realizará transações de maneira mais simples e ágil, mas o cadastramento não é obrigatório.
O serviço propriamente dito será ativado no dia 16 de novembro em todo o País, mas, a partir do dia 3 de novembro, o PIX começará a ser disponibilizado já para alguns clientes selecionados para uma fase de testes.
A expectativa é que o sistema seja o grande substituto de DOCs e TEDs, por ser gratuito, instantâneo e estar disponível a qualquer hora, sete dias por semana.
A previsão é que a maioria das transações seja aprovada e finalizada em até 10 segundos.
Como cadastrar a ‘Chave PIX’?
Para usar o PIX, bastará, então, ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital de uma instituição financeira com cadastro no PIX.
A opção estará dentro do aplicativo bancário e no internet banking do cliente, assim como já estão outras funcionalidades, como DOC e TED.
Com o cadastro de uma “chave PIX”, as transferências poderão ser realizadas de maneira mais ágil.
Isso porque vinculará as informações básicas do usuário aos dados completos que identificam a conta do cliente.
Com o cadastro, então, bastará informar a “chave PIX” para um contato para receber uma transferência.
Ao digitar a chave, os dados da conta do destinatário aparecerão automaticamente na hora de realizar a transação, bastando conferir a identificação e digitar os valores antes de confirmar a operação.
4 tipos de Chave PIX que poderão ser usadas e cadastradas
- Número de CPF/CNPJ;
- Endereço de e-mail;
- Número do telefone celular
- EVP (sequência alfanumérica de 32 dígitos que, após solicitação do cliente ao seu banco, será enviada pelo Banco Central à instituição, e com ela será possível criar um QR Code, sem necessidade de ter que informar o CPF, telefone ou email a um desconhecido).
Não será possível, porém, vincular uma mesma chave para mais de uma de uma instituição financeira.
Ou seja, se no banco A, o cliente cadastrar um email, no banco B terá que cadastrar um outro e-mail ou então o número de celular ou CPF.
Uso de QR Code
As transações pelo PIX poderão ser feitas também por meio de QR Code, o que permitirá que o cliente tanto efetue um pagamento no comércio ou então que gere um código próprio para receber uma transferência, podendo inclusive já definir o valor da transação.
No lugar de informar os dados de uma conta para depósito; bastará por exemplo enviar um QR Code por email ou aplicativo de troca de mensagens.
O QR Code possuirá dois formatos no PIX:
- Estático: que poderá ser utilizado para transferências ou compras no comércio, quando as informações para pagamentos tem preço fixo (Exemplo: vendedor de água de coco)
- Dinâmico: que poderá ser utilizado quando as informações para pagamentos muda (Exemplo: supermercado, quando o valor de cada compra é diferente)
O Banco Central não fixou um valor máximo para as transações que forem feitas pelo PIX.
Os bancos e participantes estão, dessa forma, autorizados, entretanto, a estabelecer limites máximos para as operações, visando diminuir o risco de fraudes.
Assim, as instituições financeiras e de pagamento poderão estabelecer limites por usuário pagador, por transação, por dia ou por mês.
De acordo com a Febraban, num primeiro momento, os limites deverão ficar em linha aos que hoje são permitidos para TED e compras com cartão de débito.
Foto: Shuttertock
Fonte: G1