PDV

Entenda o que é uma consulta farmacêutica e como ela pode auxiliar no controle de doenças como a hipertensão

Acompanhamento de doenças crônicas, testes rápidos e check-up são alguns dos serviços realizados em farmácias

Você sabia que é possível realizar consultas e fazer acompanhamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes em farmácias? Pois é, muitos desconhecem, mas a consulta farmacêutica foi definida e fortalecida pela resolução Nº 585, de 2013, pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF).

O atendimento, que é realizado pelo farmacêutico, respeita os princípios éticos e profissionais com a finalidade de obter os melhores resultados com a farmacoterapia e promover o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde.

De acordo com um  levantamento realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), existem mais de 4 mil farmácias com salas e consultórios em operação no Brasil.

Importância do papel do farmacêutico

“Para que as farmácias ofereçam esse atendimento, é necessário que tenham uma área exclusiva. Em qualquer situação é possível se consultar com o farmacêutico, porém, no caso de condições que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente à vida do paciente, é incontestável procurar por um atendimento médico”, destaca o coordenador do Bacharelado em Farmácia do Centro Universitário Senac, Claudinei Alves Santana.

Com a disponibilização deste atendimento à população, a farmácia pode ser considerada um estabelecimento de saúde servindo de apoio às ações do Sistema Único de Saúde (SUS) como observado em relação aos testes rápidos realizados durante a pandemia de Covid-19, por exemplo.

Descubra as vantagens de se consultar em uma farmácia e quais os serviços prestados

  • Agilidade no atendimento — proporciona o acesso rápido ao atendimento de problemas de saúde autolimitados que não trazem risco para a saúde, com prescrição de medicamento correto, caso necessário, o que evita a automedicação.
  • Rastreamento em saúde e avaliação – serviço realizado para identificação de uma possível doença por meio de aplicação de testes, exames e avaliações rápidas. Após análise dos resultados, o farmacêutico tem autonomia para orientar o paciente a procurar o serviço de saúde para melhor avaliação da sua condição de saúde pelo profissional médico.
  • Educação em saúde – fomenta a comunicação adequada entre o farmacêutico e os pacientes, além do compartilhamento de informações detalhadas sobre os medicamentos. Além disso, o profissional da área pode desenvolver e participar de programas educativos para grupos de pacientes, elaborar materiais educativos, destinados à promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de doenças.
  • Dispensação — ato do profissional farmacêutico de fornecer medicamento ao paciente, de acordo com a prescrição médica ou prescrição farmacêutica com orientação de preparo e uso. Além disso, estabelece uma relação de confiança entre o profissional e o paciente.
  • Manejo de problema de saúde autolimitado – serviço que permite que o farmacêutico aplique conhecimentos clínicos para enfermidade aguda de baixa gravidade e de breve período, podendo prescrever o tratamento eficaz e seguro com medicamentos e outros produtos de finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais – alopáticos ou dinamizados, plantas medicinais, drogas vegetais ou com medidas não farmacológicas.
  • Monitorização terapêutica de medicamentos –  serviço que envolve a interpretação de exames laboratoriais que auxilia o farmacêutico a compreender a condição clínica do paciente, e assim, possa sugerir ao médico ou ao paciente o ajuste de dose do medicamento para adequação do tratamento estabelecido.
  • Conciliação de medicamentos –  serviço que consiste na obtenção de uma lista completa e precisa dos medicamentos de uso habitual do paciente e posterior comparação com a prescrição, e tem como objetivo prevenir erros de medicação resultantes de diferenças da prescrição, como duplicidade ou omissão de medicamentos, evitando assim danos desnecessários.
  • Revisão da farmacoterapia – serviço que analisa todos os medicamentos utilizados pelo paciente, com a proposta de evitar e/ou minimizar qualquer possível problema como reações adversas, baixa adesão, erros de doses e interação medicamentosa. Nesta revisão também é possível identificar situações que promovam a redução do custo do tratamento para o paciente ou sociedade.
  • Gestão da condição de saúde –  serviço que prevê o gerenciamento e acompanhamento de doenças já estabelecidas, procedimentos para recuperação e identificação de possíveis riscos, com foco na promoção da saúde e melhor qualidade de vida do paciente. Essa ação pode ser de natureza multiprofissional, incluindo médicos, enfermeiros e nutricionistas.

Embora a consulta farmacêutica seja uma alternativa para quem precisa de um atendimento rápido, ela não inviabiliza a consulta médica. Dependendo do quadro clínico do paciente, o próprio farmacêutico pode sugerir a busca por um especialista.

7 erros comuns na consulta farmacêutica 

Fonte: Senac

Foto: Shutterstock

Deixe um comentário