Exclusivo: como a inteligência artificial pode mudar a experiência na farmácia?

Em evento realizado pela consultoria estratégica Bain & Company, ontem (11), em São Paulo, a inteligência artificial foi o foco da apresentação

O futuro já é presente com a inteligência artificial (IA). Chatbots capazes de conversar com o cliente, identificando sentimentos, sensações e necessidades do consumidor, com humanização e atendimento com capacidade de entender, inclusive, vocabulários e necessidades regionais.

Esse “futuro” já está muito perto de se tornar realidade, inclusive para o varejo farmacêutico. Em evento realizado pela consultoria estratégica Bain & Company, ontem (11) em São Paulo, a IA foi o foco da apresentação, com destaque para a evolução dos chatbots, inclusive para o varejo. Como parceira oficial da OpenAI, criadora do ChatGPT (veja mais sobre esta tecnologia a seguir), a Bain apresentou cases e demonstrou aplicações práticas que já podem ser utilizadas por grandes empresas no Brasil e no mundo.

Apresentado pelo Head de Advanced Analytics da Bain na América do Sul, Lucas Brossi, e pelo Expert Partner em Advanced Analytics da Bain na América do Sul, Felipe Fiamozzini, e o encontro comprovou que a inteligência artificial não está tão longe da realidade, inclusive mais acessível em valores. “O custo do ChatGPT caiu 60% nos últimos anos. E na maioria das vezes, o investimento no projeto é pago integralmente pelos resultados”, pontua Lucas.

Na apresentação, os especialistas da Bain reforçaram que a Inteligência Artificial deve ser tão disruptiva quanto foram os surgimentos do PC e do smarphone, embora ainda não se tenha clareza sobre a grandeza desses impactos.

E conforme os benefícios ficam mais claros em ganhos para os negócios, mais a implementação é facilitada. “Antes, as empresas tinham de desenvolver todo o processo do zero e treinar as suas equipes em ‘casa’. Hoje, já temos modelos de serviços onde as tecnologias são compradas com customização na ponta”, sinaliza Lucas.

Tecnologias amigáveis

O relacionamento das pessoas com essas tecnologias também se torna, gradativamente, mais amigável, com reconhecimento eficiente de voz e textos. “As novas tecnologias interagem bem com a linguagem natural e são capazes de entender o que se escreve e o que se fala”, garante Lucas.

O chat do tipo Generative Pre-trained Transformer 4 (GPT-4) é um modelo de linguagem grande multimodal criado pela OpenAI e o quarto modelo da série GPT. A solução é capaz de processar imagens e não apenas texto, analisando o conteúdo da imagem de forma semelhante a um humano, e emitindo uma saída em forma de texto.

Os dados extraídos dessa inteligência também são capazes de trazer dados consistentes ao gestor do negócio. O monitoramento das redes sociais, por exemplo, pode ser feito de forma automática, com detecção do assunto e sentimento do interlocutor, seja ele positivo ou negativo.

Inteligência Artificial traz mais experiência no varejo farma

No evento, a Bain demonstrou como esse tipo de chat pode trazer soluções ao varejo, inclusive farmacêutico, aprimorando a experiência. A ideia é que, no futuro, na interação com o chat, o consumidor da farmácia possa ser orientado para um Medicamento Isento de Prescrição (MIP) ou produto de beleza por meio da inteligência do robô.

Para Felipe, é justamente nesse sentido que a experiência de compras do cliente deve mudar ao longo dos anos, deixando de ser mais estática (com o cliente pedindo o que precisa) para ser mais interativa, com a inteligência capaz de interagir com o consumidor/paciente sendo de fato atendido e encaminhado para soluções que atendam suas demandas, que poderão ser feitas de forma de texto ou voz.

A humanização da tecnologia também não foi deixada de lado. Os chats estão preparados para detectar situações de insatisfação do cliente e encaminhá-lo para outro canal de atendimento, caso seja necessário.

Fonte e Fotos: Guia da Farmácia

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