Perspectivas para o profissional do setor farmacêutico

É hora de investir no desenvolvimento de competências essenciais para o sucesso

A economia brasileira enfrenta desafios, mas o setor farmacêutico vem registrando crescimentos na casa de dois digitos percentuais a cada ano. Em oito anos, o Brasil passou da 10ª para a 6ª posição no mercado farmacêutico mundial, e de acordo com o IMS Health, em 2016, a previsão é de que o País ocupará a 4ª colocação, atrás apenas dos Estados Unidos, China
e Japão.

Esse bom desempenho se deve a alguns fatores importantes:

• Queda do desemprego e aumento do poder de compra das classes sociais de base;

• Diminuição dos preços dos medicamentos, graças ao advento dos genéricos;

• Envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida;

• Aquisições e fusões no mercado industrial e do varejo.

Embora as previsões para 2015 sejam bastante otimistas, os executivos do setor farmacêutico devem redobrar a atenção, pois um cenário de concorrência mais agressiva se desenha para os próximos anos.

Pressões de portfólio, com a redução das oportunidades para desenvolvimento de novos genéricos e mudanças regulatórias nos medicamentos similares, e sobre preços, em função do fim do impedimento para a venda de produtos de conveniência nas farmácias e drogarias do País, além do aumento de relevância dos pagadores institucionais, devem afetar as margens da indústria, levando-a a adotar novos comportamentos competitivos.

Assim sendo, estratégias comerciais e de inovação tecnológica adquirem especial relevância na disputa por diferenciação de produto e geração de valor. Os profissionais do setor devem investir no aprimoramento e desenvolvimento de algumas competências fundamentais para o alcance de sucesso:

• Autoconhecimento: assumir a responsabilidade pela sua evolução, adotando uma postura voltada à aprendizagem contínua.

• Querer ser amigo de propósitos agressivos: processar mentalmente a complexidade, identificar novas oportunidades de crescimento rentável e estabelecer os objetivos.
• Comunicação: saber expressar ideias, saber ouvir, tirar dúvidas e fornecer e receber feedback.

• Negociação: dialogar com os demais para chegar ao consenso ou obter a melhor solução para todos.

• Flexibilidade: adaptar-se às condições ambientais, econômicas, tecnológicas… favoráveis e desfavoráveis.

• Inspirar pessoas: motivar, engajar, fazer com que as pessoas entendam o trabalho como uma fonte de realização pessoal e profissional.

• Mover horizontes com criatividade e inovação: lidar com situações inesperadas, arriscar, liberar o potencial criativo, sair do automático e buscar novas alternativas.

Há que se destacar que o esforço vale a pena, ao desenvolver as suas competências e da sua equipe, vocês estarão mais bem preparados para enfrentar a competição do mercado.

Público feminino

Edição 267 - 2015-02-01 Público feminino

Essa matéria faz parte da Edição 267 da Revista Guia da Farmácia.

Sobre o colunista

Coach, consultora de desenvolvimento, coordenadora do grupo de estudos de Coaching da Associação Brasileira de Recursos Humanos Integrante do Sistema Nacional (ABRH/SP), membro do grupo de excelência em Coaching do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP) e sócia diretora da Questão de Coaching.

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