Meu filho toma antidepressivos, e bebeu, o que acontece agora?

As bebidas alcoólicas que contêm etanol (álcool) possuem ação psicoativa no organismo com atividade depressora no Sistema Nervoso Central (SNC). Antidepressivos são fármacos utilizados no tratamento das diferentes formas de depressão. São classificados, especialmente, em quatro grupos: antidepressivos tricíclicos (ADTs) – que inibem a recaptação de noradrenalina e serotonina -, inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores da monoaminooxidase (iMAO) e fármacos utilizados no tratamento da mania. Interações medicamentosas: ADTs: Aspirina e fenilbutazona aumentam os efeitos dos ADTs porque diminuem sua ligação à albumina plasmática, aumentando sua disponibilidade no SNC; neuroléticos e alguns esteróides diminuem o metabolismo hepático dos ADTs e aumentam seus efeitos; os ADTs potencializam os efeitos do álcool, podendo provocar sedação tóxica e depressão respiratória fatal; o uso concomitante de ADTs e iMAO pode provocar potencialização mútua, caracterizada por hipertensão, hiperpirexia, convulsões e coma. ISRSs: não devem ser utilizados com os iMAO devido ao risco letal de “síndrome da serotonina”, caracterizada por tremores, hipertensão e colapso cardiovascular. Requerem-se períodos de seis semanas para que o outro fármaco possa ser administrado. iMAO: Seu uso concomitante com tiramina (presente em queijos maturados, fígado de galinha, cerveja e vinho tinto) provoca liberação de grande quantidade de catecolaminas, causando cefaleia, taquicardia, náuseas, hipertensão, arritmia cardíaca e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Recomendamos que durante o tratamento evite o uso de bebidas alcoólicas.

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Sobre o colunista

Professor Farmacêutico Clínico do curso de Farmácia da Universidade Nove de Julho - UNINOVE.

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