A orientação do ministério é que todos que estejam com a segunda dose atrasada vão a um posto de vacinação para completar a imunização
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (13), que 1,5 milhão de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 atrasada.
Até o momento, duas vacinas são aplicadas no país: a da farmacêutica AstraZeneca / Oxford, e a da CoronaVac.
Para a vacina da AstraZeneca, a maior eficácia é alcançada quando o intervalo entre a primeira e a segunda doses é de três meses.
Já para a CoronaVac, o melhor resultado ocorre quando a segunda dose é aplicada num intervalo de 21 a 28 dias.
Queiroga afirmou que o ministério vai emitir uma lista por estado com as pessoas que estão com a segunda dose atrasada.
Disse também que esse trabalho de completar o “esquema vacinal” será feito em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
A orientação do ministério é que todos que estejam com a segunda dose atrasada vão a um posto de vacinação para completar a imunização.
Maior proteção
De acordo com especialistas, tomar a segunda aumenta não só a proteção individual contra o coronavírus.
Quantos mais pessoas estiverem imunizadas, maior é a barreira criada na comunidade inteira, diminuindo, então, as possibilidades de alguém se infectar.
Balanço da vacinação contra Covid-19, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo consórcio de veículos de imprensa com base em dados dos estados, aponta que 23.847.792 pessoas já receberam a primeira dose de vacina. O número representa 11,26% da população brasileira.
Portanto, segunda dose já foi aplicada em 7.391.544 pessoas (3,49% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.
Então, no total, 31.239.336 doses foram aplicadas em todo o país.
Secretaria para ações contra a Covid-19
O ministro também disse que o governo deve publicar uma medida provisória para criar uma secretaria específica para ações contra a Covid-19.
Ele afirmou ainda que a responsável pelo órgão deve ser a coordenadora do Programa Nacional de Imunização e técnica do Ministério da Saúde (MS), Franciele Francinato.
Protocolo para transporte público
Ainda de acordo com o ministro, o governo avalia a publicação de um protocolo com orientações para uso do transporte público em todo o país.
O objetivo, então é evitar aglomerações e, consequentemente, o contágio dentro dos veículos.
No entanto, Queiroga voltou a ressaltar a importância do uso de máscaras, como tem feito desde que assumiu o cargo.
Nesse ponto, o posicionamento do ministro se difere da postura do presidente Jair Bolsonaro, que costuma comparecer em público sem máscara e não faz discurso em favor do uso do equipamento.
Por que algumas pessoas pegam Covid-19 no intervalo entre a 1ª e a 2ª dose da vacina?
Fonte: G1
Foto: G1 / Reprodução