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Exclusivo: Surya Cosméticos alerta para os conceitos de natural e vegano na indústria da beleza

Em entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, a CEO da Surya Henna, Clélia Angelon, mostra as diferenças entre os conceitos, além de revelar os planos de expansão da Surya no mercado da beleza

Visitando grandes eventos que envolvem a indústria farmacêutica e de cosméticos, a exemplo da Beauty Fair 2023 e da última edição do Abrafarma Future Trends, praticamente 100% das marcas entrevistadas pelo Guia da Farmácia mostraram o interesse em atualizar suas fórmulas para que se tornem veganas ou com componentes que tragam apelo ao natural.

Seja para reforço de imagem junto ao consumidor para uma marca visivelmente responsável, ou até mesmo para atender a agenda ESG, que se tornou uma tendência (e exigência) do mercado, o fato é que todo o setor tem se mobilizado para alcançar o “selo” de uma marca socialmente e ambientalmente responsável. Mas será que esse conceito faz parte do DNA dessas empresas ou é apenas um discurso para cativar novos consumidores?

Em entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, a CEO da Surya Henna, Clélia Angelon (foto de abertura), apresentou o trabalho que, de fato, faz parte da sua filosofia de vida e que alinha com a história da Surya desde a sua fundação. “Trabalhamos um tripé de consciência, amor e transparência. Assim, apresentamos aos consumidores formulações livre de ingredientes nocivos e agressivos, para que seja crítico e questionem o que compra e não sejam impulsionados apenas por modismo”, mostra.

Outros conceitos que fazem parte do DNA da Surya Henna são a valorização da natureza, prezando pelo respeito a todos os seres vivos, ao meio ambiente e aos colaboradores; da ciência milenar indiana Ayurveda, onde (Ayur é igual a vida; e Veda representa ciência/conhecimento); e da tecnologia implementada, para desenvolver os cosméticos mais naturais com a melhor performance.

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Voluntários durante ação de plantio de mudas de árvores nas proximidades da represa Billings pelo Instituto Clélia Angelon. Crédito: divulgação

Presente em mais de 40 países, nos cinco continentes, tudo o que se aplica na empresa, faz parte da filosofia de vida de sua fundadora. Clélia foi vegetariana por 42 anos e é vegana a 15 anos. Durante a entrevista, tivemos o privilégio de conhecer o cuidado de Clélia com os 46 animais, que foram resgatados pelo Instituto Clelia Angelon e criados com muito amor e responsabilidade. “Nossos produtos são desenvolvidos com propósito e não puramente por imagem. Eles são reflexo de tudo o que aprendi, que acredito e tento disseminar pelo planeta”, justifica.

Portanto, todo esse trabalho e propósito se perpetuam com o Instituto Clélia Angelon, que efetua ações de proteção animal, trabalhos sociais com comunidades e preservação do meio ambiente.

Esclarecendo conceitos

Existem diferenças entre ser natural e vegano. Mas está informação não é tão clara para muitos consumidores. A CEO da Surya mostra alguns exemplos práticos.

“O leite pode ser natural e orgânico, mas não é vegano. A carne de soja, que leva uma série de aditivos, pode ser vegana, mas não é natural”, diz, acrescentando, ainda, que nem sempre o natural é orgânico.

“Posso oferecer uma refeição natural, cheia de vegetais, óleo de coco e tomates, mas ela não ser orgânica, já que esse tipo de agricultura se baseia na utilização de métodos sustentáveis e na redução do uso de produtos químicos sintéticos, como pesticidas, na produção. Os pesticidas, por exemplo, além de serem agressivos ao corpo, podem matar pássaros, abelhas…”, lamenta a executiva.

“Não posso sobreviver ou me alimentar com algo que gerou medo e sofrimento em alguém. E isso é possível. Estou com 75 anos e tenho uma qualidade de vida de um jovem de 30. Ser vegano é uma consciência e o natural é escolher o que faz bem para você e para o meio ambiente”, diz.

Segundo a CEO da Surya, os conceitos de natural, veganos e orgânicos ainda são relativamente novos no Brasil e ainda há muito a ser esclarecido. “Nos Estados Unidos, por exemplo, temos a Rede de supermercados WholeFoods, no mercado desde a década de 80, que trabalha com foco em alimentos naturais, orgânicos, saudáveis e sustentáveis. E a Surya Henna está presente nessas gôndolas, que têm um grau de exigência grande, seja da própria varejista, como dos consumidores, que leem e são críticos com tudo o que adquirirem”, exemplifica.

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A Surya lançou duas linhas inovadoras em 2023. Entre elas, a EcoSilver, exclusiva para cabelos brancos e grisalhos; e a Color Fixation, que aumenta a durabilidade da cor para consumidores que aplicam Henna e colorações convencionais. Os produtos foram desenvolvidos com 99% de ingredientes naturais e, pensando na sustentabilidade, as embalagens são de cana-de-açúcar, com a proposta de minimizar o descarte de plásticos.

Os produtos da Surya são amplamente reconhecidos nos canais farma e perfumaria por serem livres de ingredientes tóxicos nocivos, como amônia e seus subprodutos (Etalonamina, Diethalonamina e Trietanolamina), fragrâncias sintéticas, sulfatos, PPD, EDTA, chumbo, metal pesado, parabenos, BHT, entre outros.

“Somos a segunda coloração natural mais vendida no mundo natural nos Estados Unidos, sendo a primeira a base de Henna”, pontua Clélia, anunciando que ampliará o portfólio da Surya no mercado da beleza. “Estamos investindo em novos produtos com formulação responsável e de alta qualidade que, em breve, estarão no mercado”, revela.

Fonte: Guia da Farmácia

Fotos: divulgação

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