Com previsão de 700 mil mortes adicionais, Europa pode chegar a 2,2 milhões de óbitos por Covid-19

Continente enfrenta variante Delta, estagnação de campanhas de vacinação e protestos contra medidas restritivas

Em comunicado divulgado na última terça-feira (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) explicou, também, que há uma previsão de que o serviço hospitalar sofra uma pressão elevada ou extrema em 25 dos 53 países que fazem parte da região até 1º de março de 2022.

Já as unidades de terapia intensiva (UTIs) de 49 nações europeias poderão estar comprometidas por essa nova fase da pandemia no Velho Continente.

Para a OMS, o aumento de casos de Covid-19 na Europa tem três principais motivos:

A predominância da variante Delta, altamente contagiosa, a cobertura vacinal insuficiente e a flexibilização das medidas contra a doença.

As mortes relacionadas à pandemia dobraram desde o fim de setembro, passando de 2.100 para 4.200 por dia, de acordo, então, com dados oficiais.

“A situação da Covid-19 através da Europa e da Ásia Central é muito séria. Estamos diante de um inverno que chegará cheio de desafios”, afirmou o diretor-geral da OMS para a Europa, Hans Kluge. Ele também fez um apelo para que uma estratégia de vacinação, associada ao uso de máscara, a medidas básicas de higiene e ao distanciamento físico seja adotada.

Mais de 1,5 milhão de mortos

Desde que a pandemia de Covid-19 foi declarada, em março de 2020, a Europa registrou mais de 1,5 milhão de mortes.

De acordo com a OMS, o uso de máscara pode reduzir 53% a incidência da doença.

A generalização de sua proteção a até 95% poderia evitar 160 mil óbitos, até 1° de março de 2022.

Para a OMS não há dúvidas de que a vacinação é a melhor arma contra a pandemia.

No entanto, “parece cada vez mais evidente que a proteção induzida pela imunização contra as infecções e formas benignas declina”. Por isso, a instituição recomenda, então, a dose de reforço para os mais vulneráveis, inclusive imunodeprimidos.

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Fontes: Estadão e AFP

Foto: Shutterstock

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