O mercado de fitoterápicos está ainda mais em evidência após a pandemia do novo coronavírus, uma vez que as pessoas buscam por opções naturais para cuidar da saúde
Frases e palavras, como naturais; orgânicos; veganos; vegetarianos; fitoterápicos; livres de testes em animais; homeopáticos livres de transgênicos; entre outros, estão cada vez mais em evidência, tanto na busca por alimentos, cosméticos e bebidas, como também de medicamentos.
Aliás, se já existia uma tendência de que o mercado de produtos de origem natural estava em crescimento constante, a pandemia de Covid-19 potencializou este desempenho, uma vez que os consumidores passaram a se preocupar mais com a saúde e o bem-estar, e se mostraram mais comprometidos e interessados em comprar de empresas engajadas com o meio ambiente.
“Tal movimento permitiu que o mercado de produtos naturais faturasse R$ 2,3 bilhões em 2022, de acordo com dados da IQVIA. É um crescimento expressivo em relação ao ano anterior, cujo resultado foi de, aproximadamente, R$ 1,8 bilhões. Mesmo com o avanço da cobertura vacinal no Brasil e o fim das restrições de distanciamento social, o mercado se mantém aquecido, mostrando que o consumidor segue atento ao que consome e buscando os benefícios oriundos de ativos naturais”, avalia a presidente do Conselho Diretivo da Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa), Gislaine Gutierrez.
Para ela, a grande evolução do mercado farmacêutico dos últimos anos, evidenciada pela ampla abertura de novos pontos de venda (PDVs) e da expansão das estratégias de vendas on-line, traz consigo o desafio de como diferenciar-se diante de diversas opções que estão à disposição do consumidor. “É nítido que os itens naturais, fitoterápicos e homeopáticos possuem grande potencial de mercado. Neste sentido, é fundamental que o varejo farmacêutico apresente variedade de produtos que atendam aos diferentes perfis e necessidades dos consumidores. Com um público cada vez mais preocupado com o que consome, de onde consome e com os efeitos causados pelo que consome, itens naturais precisam de maior espaço na gôndola, mais variedade de ofertas e ampla distribuição deles pelas farmácias do País”, afirma.
As farmácias e drogarias também precisam estar atentas às categorias mais presentes na cesta e mais buscadas pelo consumidor. Gislaine revela que ao listar os 50 produtos fitoterápicos e homeopáticos mais vendidos em 2022, a Abifisa notou que 20% deles estão ligados, diretamente, a doenças psicossomáticas, como ansiedade e insônia; 18%, a produtos ligados a problemas gastrointestinais; e 6%, relacionados ao sistema respiratório. “Anti-inflamatórios e produtos voltados para tratamento de problemas de vasos linfáticos também chamam atenção”, completa.
Ansiedade: é possível tratar com fitoterápicos?
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