Duas das principais indústrias farmacêuticas globais, a britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a americana Pfizer, firmaram uma joint venture. A união da GSK e Pfizer resultará na maior empresa do mundo voltada ao segmento de Over the Counter (OTC). A GSK Consumer Healthcare reunirá marcas líderes de vendas, como o anti-inflamatório Voltaren, o paracetamol Panadol e a marca Sensodyne, entre outros produtos. A Pfizer fornece para a nova empresa o analgésico Advil, os vitamínicos Centrum e Caltrate e outros medicamentos.
A GSK terá 68% de participação acionária e a Pfizer, 32%. Com a união as duas multinacionais assumirão a liderança no mercado de OTC nos Estados Unidos e a segunda colocação na China. A joint venture também proporcionará uma economia anual de £ 500 milhões – cerca de R$ 606 milhões – em despesas operacionais até 2022. Assim, 25% do valor será realocado para projetos de inovação e prospecção de novas oportunidades de negócios.
“Vamos aproveitar nossas décadas de experiência para realmente ampliar as fronteiras no fornecimento de produtos de excelência aos consumidores”, avalia a gerente geral da nova empresa para os Estados Unidos, Lisa Paley.
Além disso, a GSK Consumer Healthcare planeja uma política ostensiva de investimentos em marketing. “Por meio dessa combinação de expertises, teremos uma expressiva diversidade de dados para análise e cruzamento. Dessa forma, proporcionamos o aprimoramento da experiência do consumidor em curto prazo”, pontua o diretor para a área no mercado norte-americano Amardeep Kahlon.
Reação do mercado à joint venture que formarão Pfizer e GSK
A criação da joint venture foi bem recebida por analistas de mercado. De acordo com a equipe de análise do banco Jefferies, o plano faz sentido. Isso tendo em vista a potencial redução de custos e o aumento de valor para os acionistas.
Dessa forma, o analista da CMC Markets, Michael Hewson considerou o anúncio como o novo passo da diretora-presidente da GSK, Emma Walmsley, no caminho de consolidar a posição da companhia na área de saúde o consumidor — que exclui os medicamentos que necessitam de prescrição médica para serem vendidos.
Assim, a medida visa enfrentar a redução das margens e a maior concorrência no setor farmacêutico, diz o analista.
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Fonte: G1