Intolerância ao glúten? Saiba mais

A intolerância ao glúten ou sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC) é uma condição que tem se tornado cada vez mais frequente na população brasileira. Suplementos alimentares podem auxiliar na digestão do glúten, trazendo mais liberdade alimentar para pessoas com intolerância à essa proteína

Nos últimos anos, muito se tem falado sobre o consumo de glúten, principalmente devido ao aumento da conscientização sobre questões relacionadas à saúde, como doença celíaca e sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC). Além disso, o crescimento do mercado de produtos sem glúten e ampla cobertura midiática têm contribuído para essa discussão, levantando questões sobre os benefícios e os possíveis efeitos negativos de uma dieta livre de glúten para a população em geral.

Nas prateleiras das farmácias já é possível encontrar tanto produtos livres de glúten, quanto suplementos alimentares capazes de auxiliar na digestão do glúten em pessoas com intolerância à essa proteína.

A seguir, esclareça algumas dúvidas relacionadas ao tema e garanta um bom atendimento para pacientes que chegam à farmácia com esta condição.

O que é o glúten?

 O glúten é uma grande proteína encontrada em grãos como trigo, cevada e centeio, e é composto por duas proteínas menores: gliadina e glutenina, que são compostas pelos pedaços de proteína prolina e glutamina (ainda menores).  É responsável pela estrutura das massas: ao adicionar água e amassar, as proteínas do glúten se juntam e formam uma rede elástica, que segura os gases produzidos pela fermentação e permite o crescimento da massa. 1

Também vale destacar que o glúten não desaparece depois que os alimentos são assados ou cozidos. Por isso, celíacos devem seguir a dieta de restrição à risca.1

Quais as diferenças entre a sensibilidade não celíaca, a doença celíaca e a alergia ao trigo?

A doença celíaca é uma condição crônica e autoimune que afeta milhões de pessoas no mundo. Causada por uma reação adversa ao glúten, tem predisposição genética. Basicamente, os celíacos não metabolizam a proteína, o que causa uma reação inflamatória severa na mucosa intestinal. Para essas pessoas, o tratamento é eliminar o glúten da alimentação por completo.1

Por outro lado, a alergia ao trigo representa outro tipo de reação imunológica adversa às proteínas contidas no trigo e nos cereais relacionados, com diferentes apresentações clínicas, dependendo da via de exposição.1

Já a sensibilidade não celíaca é uma dificuldade na digestão da proteína que causa, entre outros sintomas, um desconforto digestivo.1

Quantos por cento da população sofrem por esses problemas?

Segundo dados da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra)2, os distúrbios relacionados ao glúten emergiram gradualmente como um fenômeno epidemiologicamente relevante, com uma prevalência global estimada em torno de 5%, chamando a atenção da comunidade científica.

Quais os sintomas relacionados?

 Doença celíaca:

 Entre os principais sintomas de doença celíaca estão: diarreia, constipação, dor abdominal, flatulência, inchaço abdominal, perda de peso, cólica, sensação de estufamento, anemia, queda de cabelo, irritabilidade e lesões na pele.5

 Alergia ao trigo:

 A alergia ao trigo é uma reação alérgica a alimentos que contêm trigo. Dentre os sintomas estão: Inchaço, coceira ou irritação da boca ou garganta, urticária, erupção cutânea com comichão ou inchaço da pele, congestão nasal, dor de cabeça, dificuldade para respirar, cãibras, náuseas ou vômitos, diarreia e anafilaxia.6

Intolerância ao glúten / Sensibilidade ao glúten não celíaca:

Entre os sintomas frequentes estão: diarreia, dores e inchaço abdominal, náuseas e dificuldade na absorção de nutrientes.1

Qual o tamanho do mercado de produtos livres de glúten?

O mercado vem apresentando cada vez mais produtos livres de glúten que trazem conforto e segurança alimentar para quem não pode consumir a proteína. Aliás, um mercado que cresce a passos largos.

De acordo com dados da Mordor Intelligence3, o mercado brasileiro de alimentos e bebidas sem glúten deverá registrar um CAGR de 10,7% durante o período de previsão 2020-2025.

Ainda sobre o mercado, segundo o Relatório de Pesquisa de Mercado de Produtos Livres de Glúten no Brasil 2028, divulgado pelo Actual Market Research, o mercado de produtos sem glúten do Brasil foi avaliado acima de US$ 258 milhões em 2022.4

 Como controlar a intolerância ao glúten?

Se por um lado, a indústria de alimentos e bebidas vem investindo nos chamados ‘gluten free’, as farmacêuticas têm investido em inovação e tecnologia para apresentar ao mercado produtos capazes de oferecer melhor qualidade de vida para as pessoas que sofrem com desordens relacionadas à ingestão de glúten, como a sensibilidade não celíaca.

Uma dessas inovações foi lançada pela União Química. Trata-se do Zeroglut, um suplemento alimentar composto por uma enzima chamada protease, que quebra as proteínas complexas encontradas no glúten, auxiliando na digestão de alimentos com glúten e prevenindo sintomas da intolerância ao glúten, como: diarreia, dores e inchaço abdominal, náuseas e dificuldade na absorção de nutrientes.7

Como Zeroglut age no organismo?

A Tolerase G (Protease de Aspergillus niger) presente em Zeroglut é uma enzima que auxilia na quebra do glúten, facilitando sua digestão. É a primeira e única enzima a demonstrar eficácia em vários estudos com seres humanos.8

Zeroglut é um suplemento alimentar em cápsula dura, disponível nas apresentações: caixa com 10 e 20 cápsulas. Importante ressaltar que Zeroglut atua apenas em casos de intolerância ou sensibilidade ao glúten, que é uma condição diferente de alergia ao trigo e da Doença Celíaca.7

Referências

¹. Hospital Santa Catarina – Blumenau.
Disponível em: www.hsc.com.br/noticias/gluten-sensibilidade-ou-doenca-celiaca
Acesso em: 28/03/2024.

². Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra)
Disponível em: www.fenacelbra.com.br/desordens-relacionadas-ao-gluten.
Acesso em: 28/03/2024.

³ Mordor Intelligence.
Disponível em: www.mordorintelligence.com/industry-reports/brazil-gluten-free-foods-beverages-market-industry/market-size.
Acesso em: 28/03/2024.

4 Actual Market Research.
Disponível em: www.actualmarketresearch.com/product/brazil-gluten-free-products-market.
Acesso em: 28/03/2024.

5. Rede D’OR
Disponível em: https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/doenca-celiaca
Acesso em 02 de abril de 2024.

6. Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra)
Disponível em: https://www.fenacelbra.com.br/alergia-ao-trigo
Acesso em 02 de abril de 2024

7.Bula de Zeroglut
Disponível em: https://www.uniaoquimica.com.br/produtos/farma/aparelho-digestivo/zeroglut/
Acesso em 02 de abril de 2024.

8. Konig J, Holster S et al. Randomized clinical trial: Effective gluten degradation by Aspergillus niger-derived enzyme in a complex meal setting. Sci Rep. 2017;7(1):13100. Acesso em 03 de abril de 2024.

Foto: Shutterstock

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