Rio autoriza que grávidas que tomaram AstraZeneca na 1ª dose recebam a Pfizer na 2ª

Secretário Daniel Soranz citou países que recomendam ou autorizam a combinação dos imunizantes

A Prefeitura do Rio autorizou que gestantes que tomaram a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 na primeira dose recebam a da Pfizer na segunda aplicação.

É a primeira capital brasileira a adotar a combinação de imunizantes. A saber, a AstraZeneca foi suspensa para gestantes em maio, por “reação adversa”.

Resultados preliminares de estudos internacionais, citados portanto pelo comitê científico do município, dizem que a mistura das doses traz resultados eficazes contra o coronavírus.

Dessa maneira, a novidade foi anunciada nesta terça-feira (29) pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, então, nas redes sociais.

Gestantes devem procurar um médico para a orientação quanto a mistura de doses

“Seguindo a recomendação do nosso comitê: As gestantes que tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca poderão, mediante avaliação dos riscos e benefícios com seus médicos, realizar a segunda dose com a vacina da Pfizer 12 semanas após, então, a primeira dose”, escreveu.

Cada grávida, então, terá de procurar seu obstetra e levar um atestado para que receba a dose de reforço — respeitando a janela de três meses.

“Várias gestantes tomaram a AstraZeneca antes de interromperem [a aplicação]. Essas gestantes poderiam tomar agora a Pfizer como uma segunda dose. Já tem alguns estudos de intercambialidade. Inclusive o próprio Ministério da Saúde já tem dados de pessoas que tomaram errado. Poderia completar o esquema de várias pessoas: pessoas que tiveram reação à AZ na primeira”, opinou o epidemiologista e professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ethel Maciel.

Estudos internacionais

Soranz listou, então, seis estudos clínicos, com cerca de 2.000 participantes no total, que “demonstram segurança e eficácia de aplicação heteróloga de Pfizer e AZ” — ou, então, a combinação dos dois imunizantes.

  1. Governo da Coreia do Sul: 500 profissionais militares
  2. Hospital Universitário de Berlim (Alemanha): 129 profissionais de saúde entre 18 e 64 anos
  3. Instituto Carlos III (Espanha): 663 voluntários entre 18 e 59 anos
  4. Universidade de Oxford (Reino Unido): 463 voluntários com média de 57 anos
  5. Universidade de Saarland (Alemanha): 250 profissionais de saúde
  6. Universidade de Ulm (Alemanha): 26 profissionais de saúde

Então, a partir desses levantamentos, de acordo com Soranz, diferentes países ora recomendaram, ora autorizaram a mistura das doses.

Recomendam a combinação

  • Alemanha
  • Canadá
  • Coreia do Sul
  • Chile
  • Dinamarca
  • França
  • Finlândia
  • Noruega
  • Portugal
  • Suécia

 

Autorizam a combinação

  • Espanha
  • Emirados Árabes
  • Inglaterra
  • Itália

 

Covid-19: Estudos investigam efeito de mistura de doses de vacinas diferentes 

Fonte: G1

Foto: Shutterstock

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