Locais sem demanda dos grupos prioritários poderão vacinar público de 18 a 59 anos sem comorbidades
O Ministério da Saúde (MS) definiu a ordem prioritária para vacinação contra a Covid-19 de profissionais da educação e orientou a antecipar a imunização do grupo no Brasil.
De acordo com o documento, a distribuição de doses para esses funcionários deve acontecer em paralelo à vacinação de pessoas com comorbidade ou deficiência permanente, em situação de rua, população carcerária e trabalhadores do sistema prisional.
A nota técnica do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO) contra a Covid-19 foi publicada após reunião da última quinta-feira (27).
Ainda de acordo com o documento, a imunização de profissionais da educação segue o critério de prioridade para funcionários envolvidos com estudantes mais jovens.
Dessa forma, então, são os primeiros da fila:
Profissionais de creches, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e Educação para Jovens e Adultos (EJA).
Em seguida, vêm trabalhadores do ensino superior.
Para o MS a expectativa é finalizar a imunização de idosos e grupos de maior risco no País em junho, o que permitiria antecipar, então, o atendimento a profissionais da educação.
A pasta também argumenta que estimativas sobre grupos populacionais com comorbidade estariam imprecisas e, em alguns lugares, superestimadas.
Doses
Um total de 96,1 milhões de doses contra a covid-19 foram distribuídas até o momento, de acordo com o ministério.
Com a remessa mais recente, estariam contemplados 46,8% das pessoas com comorbidades ou deficiência permanente.
E também 38,6% dos profissionais das forças armadas, de segurança ou de salvamento envolvidos em ações contra o coronavírus, de acordo com o ministério.
Também seria suficiente para atender 78% dos trabalhadores do transporte aéreo.
“Desta forma, serão enviados percentuais do total de doses para o segmento do ordenamento dos grupos pré-definidos e em paralelo serão enviados quantitativos para o início da vacinação dos trabalhadores da educação”, diz a nota.
População geral
As novas recomendações também permitem que Estados e municípios vacinem a população geral, de 18 a 59 anos, em ordem decrescente de idade.
Caso já tenham atendido todos os grupos de maior vulnerabilidade e os profissionais da educação.
A imunização pode acontecer ao mesmo tempo que os demais trabalhadores essenciais.
Desde que fique garantido, então, o porcentual necessário para os grupos prioritários, de acordo com o ministério.
“O detalhamento dos grupos a serem atendidos em cada etapa será feito por meio dos informes técnicos contendo as pautas de distribuição das vacinas”, afirma a nota técnica.
“Ressalta-se que a estratégia organizacional das ações de vacinação é de responsabilidade das três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).”
Fonte: Estadão
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