5 dicas para falar com as crianças sobre nutrição

É importante envolver a criança na escolha dos itens que serão consumidos para uma melhor aceitação dos alimentos

Os pais sempre desejam que seus filhos tenham uma alimentação saudável e comam de tudo, mas a boa nutrição vai além do que está sendo servido na mesa para as crianças.

Mesmo que eles precisem de ajuda neste momento, em breve serão, portanto, responsáveis pelas suas próprias decisões em relação a comida, antes mesmo que você perceba.

A nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil, Patrícia Ruffo, listou algumas dicas valiosas na hora dos pais estimularem hábitos saudáveis dentro de casa.

1. Incentivá-las

O processo de crescimento das crianças requer uma dieta saudável, com muitas proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais.

O grande desafio é, portanto, traduzir essas informações em uma linguagem infantil.

No geral, as crianças mais novas tendem a se sair melhor com comentários simples e fáceis de lembrar. 

“Em vez de tentar explicar a ciência, diga a elas que o leite ajuda seus ossos a crescer ou o que macarrão lhe dá energia para correr mais rápido. O lembrete ‘coma as cores do arco-íris’ também reforça que o prato precisa conter alimentos diferentes, com todas as vitaminas necessárias para, assim, a criança se manter saudável”, explica a nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil, Patrícia Ruffo.

No entanto, as mais velhas podem lidar com mais detalhes e o ideal é relacionar as informações com exemplos cotidianos.

“Você pode contar que está comendo frango porque ele tem proteínas que fortalecem os músculos, ajudando nas suas brincadeiras preferidas, como pega-pega e pular corda“.

Quando a criança estiver resfriada, ofereça frutas frescas, como morango, amora ou goiaba. Desse moso, explique que elas possuem antioxidantes essenciais que ajudam no sistema imunológico”, indica a nutricionista.

2. Orientação alimentar

Muitos pais se concentram apenas no café da manhã, almoço e jantar, mas se esquecem que os lanches também podem ser grandes aliados de uma dieta equilibrada.

Na hora de prepará-los, lembre-se de oferecer um alimento de cada grupo, como proteína, fruta e carboidrato de preferência rico em fibras, como os carboidratos integrais.

3. Escolha dos produtos

Além disso, também é importante envolver a criança na escolha dos itens para uma melhor aceitação dos alimentos.

Peça ao seu filho, por exemplo, para ajudá-lo na preparação de panquecas ou com a omelete, escolher as folhas de alface para a salada etc. As crianças mais velhas podem assumir tarefas mais complicadas, como descascar e picar legumes e medir ingredientes”, aponta Patrícia.

Desse modo, essas atitudes ensinam habilidades valiosas para a vida e as ajudam a aprender sobre como preparar seus alimentos favoritos.

Uma boa nutrição fornece vitaminas e minerais necessários para o crescimento, bem como possibilita desfrutar de vários alimentos diferentes.

4. Reservar um tempo

A nutricionista ainda sugere reservar um tempo para refeições em família, que permitam aos filhos apreciar realmente a comida.

Além disso, conversar sobre o gosto dos alimentos e seus ingredientes também pode ajudar as crianças a desenvolverem um relacionamento saudável com a comida.

“Como leva tempo para que os sinais de saciedade sejam transmitidos do estômago para o cérebro, refeições mais lentas e mais conscientes também ensinam as crianças a evitar excessos”, explica.

5. Dar exemplo

Quando se trata de nutrição para o crescimento das crianças, muitas vezes, o ensinamento mais poderoso pode ser o não-verbal.

Os pais, portanto, são uma importante influência na definição das preferências e hábitos alimentares das crianças.

“Se você preparar, comer e desfrutar de muitos alimentos nutritivos, é bem provável que seu filho siga o seu exemplo saudável”, conclui Patrícia.

 

Foto: Shutterstock

Fonte: Patrícia Ruffo, nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil

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